O mestre

16 ago • NotasNenhum comentário em O mestre

“EscolinhaZinha do Professor Raimundo” é uma comédia em homenagem ao mestre do humor, Chico Anysio. Com direção de Charles Daves e texto de Gustavo Klein, tem supervisão geral de Cininha de Paula, responsável pela direção do programa “Escolinha do Professor Raimundo”, da TV Globo.

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Diga-me: quem, na televisão brasileira, chega aos pés de Chico ou do Viva o Gordo, de Jô Soares? Eles podem dizer, como o rei Luiz XV da França, depois de mim, o dilúvio. O que tem é humor rastaquera sem pé nem cabeça.

Palcos desertos

A falta de novos talentos acompanha a queda brutal do acervo cultural da população. Principalmente a mais jovem.

O declínio da leitura e déficit de cultura geral impedem que tenhamos uma massa crítica de autores e público capaz de entender – e exigir. Não só programas de humor, como em outras artes cênicas.

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Em contraponto, cidades europeias, como Londres, têm teatros cheios, talk shows na TV. Há quanto tempo o nosso Theatro São Pedro não apresenta uma peça clássica, de autores como Shakespeare & Cia? Recentemente levou “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, uma exceção.

Não que seja culpa dos administradores. Geralmente, pessoas que sentem a mesma tristeza minha de ver o estoque cultural ir para o ralo.

O Brasil todo tem esse déficit. Já tivemos grupos de teatro que encenavam peças clássicas que o público gostava de ver. Mesmo em Porto Alegre, o 4º Distrito tinha seu próprio grupo, o Grupo dos 16. 

Cidades, como Itaqui (RS), ergueram teatros com arquitetura de fama internacional, o Teatro Prezewodowski. Quem dos urbanos modernos já ouviu falar nele?

E olha que já fomos bons. Rio De Janeiro e São Paulo lotavam as casas com peças de alta qualidade. Hoje, a palavra “dramaturgo” é desconhecida entre os mais novos e até boa parte dos maduros.

Comédias ligeiras eram encenadas, sem falar no teatro de revista. Mas essas já eram apelação com espetáculos de nome dúbio, tipo “Tem pixixi no pixoxó”. Coisa de última.

O começo

O Brasil viveu a febre das radionovelas antes que a televisão descobrisse o filão das telenovelas. Não se pode esquecer que a TV brasileira é filha do rádio. Enquanto a TV americana é filha do cinema de Hollywood, anos 1950, que já teve pelo menos 50 obras-primas. Então pularam etapas.

Começando pelo fim

Nos anos 1990, houve uma febre de “releituras” de peças clássicas, como as de Brecht, Shakespeare entre outros. Uma delas recriou Hamlet. Por acaso, encontrei o autor e perguntei a ele porque fazíamos releituras, se a maioria esmagadora do povo brasileiro sequer tinha feito a leitura?

Expoagas

O Centro de Aperfeiçoamento Técnico da Expoagas é um reconhecido ciclo de palestras e debates que congrega especialistas em diferentes áreas do varejo para a troca de conhecimento e aprendizado. Confira as programações do CAT nos três dias de Expoagas 2023. Neste ano, a área de palestras da tarde ficará em cima do teatro do Sesi, na sala D3 300.

Peneira só com aro

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) completa cinco anos. Em grande parte, como piada. Os números oficiais dizem que o Brasil está em 12º lugar. Gostaria de saber quem são os primeiros.

Ainda agora apaguei cinco SMS da Vivo me oferecendo internet por fibra óptica. NÃO QUERO, senhores e senhoras da Vivo.

Antes enchiam o saco telefonando, depois por e-mail. Agora, a moda é pelo WhatsApp. Enfim, a LGPD é uma peneira com tramas que deixa passar até paralelepípedo.

Moda fluida

A nova moda da rapaziada é o bigodinho, calças curtas, mesmo no frio, e uma certa aparência fluida. O bigodinho tem que ser fino, como os dos galãs de Hollywood dos anos 1940 e 1950, quase um risco. Prova que nada se cria, tudo se copia.

Conversa vai, conversa vem…

‘Vamos conversar? Histórias e outros caminhos para a Comunicação Corporativa’ é o novo livro escrito por Daniel Costa, que aborda trajetórias reais e técnicas de Comunicação. Lançamento será dia 24 de agosto, às 19h30min, no Auditório do Instituto Caldeira (Travessa São José, 455 – bairro Navegantes), em Porto Alegre.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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