O homem nu

8 fev • NotasNenhum comentário em O homem nu

O tribunal superior da Espanha decidiu a favor de um homem que foi multado por andar nu pelas ruas de uma cidade na região de Valência. Depois ainda tentou comparecer a uma audiência nu.

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A Corte reconheceu que havia um branco na legislação, então veio o popular in dubio pro reo – em caso de dúvida, o réu é favorecido. O caso é bem engraçado. E, em princípio, deveria ser festejado por todos os nudistas. Seria mesmo?

Homem nu é novidade, mulher seminua não. Quem viu a festa do Grammy no Canal E!, assistiu um festival de peitos e bundas, repetição de eventos anteriores inclusive do Oscar.

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O tapete vermelho serve para excentricidades nudistas (ou quase). Mas, sobretudo, para o desfile de vestidos que nunca poderiam ser usados no dia a dia. Nem em festas também.

O hedonismo americano só é suplantado pela falta de noção do ridículo. Gostei de uma cantora que vestiu uma floresta vermelha, parecia uma árvore outonal ou algum pintor que enlouqueceu e usou uma tonelada de spray. Só se via a cabecinha dela, com sinais visíveis de aflição.

Como ir ao recurso

Imagina para fazer xixi. Tem que desmontar a árvore ou ela fica de pé, e a dona é erguida por um guindaste?

Essa sempre foi minha dúvida quando dos desfiles do Carnaval carioca. Algumas fantasias são tão complexas que só o vestir delas – tem que ter imaginação – já é um espetáculo. O desvestir é outro.

Mesma pergunta: como elas fazem xixi? Ou tem algum túnel que a plebe rude não vê?

Desfiles no tapete vermelho de eventos como o Grammy, Oscar e outros, também servem para mostrar como o dinheiro fácil gasto em bobagens milionárias faz a cabeça de atores, atrizes, cantoras e cantoras.

Um deles, um rapper, usava um relógio estranho e óculos cravejados de diamantes. Como o rapaz faz muito sucesso, não deve ser bijuteria, devem ser diamantes mesmo.

O curioso é que a armação parecia um coração deitado. Faltou espaço para colocá-lo de pé, imagino.

Perto de todas essas extravagâncias, um homem nu caminhando nas ruas de uma cidade é algo muito normal. Chegará o dia em que ver alguém vestido causará um escândalo. 

Higiene inútil

A humanidade tem alguns hábitos que não dá para entender. Um deles observa-se a toda hora no banheiro de restaurantes. O cara entra e lava as mãos no capricho. Em seguida, seca as mãos e, ao sair, bota a mão no trinco da porta, que é um dos lugares mais sujos de um ambiente. Ele e a válvula da descarga.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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