O fato
O pré-candidato do Pros à Presidência da República, Pablo Marçal, já figura em quarto lugar nas intenções de votos dos eleitores de Brasília – maior laboratório (e termômetro) político do país, segundo o partido.
A avaliação
Isso de dizer que Brasília é o maior termômetro do país não é bem assim. Começa que a renda per Capital Federal é dez vezes maior do que o resto do Brasil por motivos que nem precisa explicar. Como ainda todos são pré-candidatos, o jogo nem começou.
Embora dê para entender o entusiasmo do Pros, Brasília pode ser um laboratório, mas no sentido de “fabricar” políticos. Mas também é verdade que em toda eleição tem um azarão que surpreende, e “Eu sou Enéas” é um bom exemplo. Surpreendeu, ganhou até de Leonel Brizola – mas não chegou nem perto do receber o cetro.
O fogo da fumaça
Onde há fumaça há fogo, diz o provérbio, e este é um fator a considerar em um Brasil rachado ao meio, mas com fatia grossa de lenha que está farta das duas metades predominantes. Então, se não surgir uma terceira via consistente, o eleitor pode garimpar em procura de alguma pepita de ouro escondida no meio do cascalho.
Problema é saber se dá tempo. A campanha será curta. O MDB fez seus cálculos e deu até o dia 30 de julho para Simone Tebet crescer bem crescidinha nas pesquisas, que são trocentas.
Institutos de pesquisas são como os partidos, com divergência entre si que deixam o eleitor confuso.
O triunfo da cizânia
De algumas eleições para cá, as siglas têm mais inimigos internos que partidos adversários.
Gosto
Frio + sábado é guia para um suculento mocotó no Rei do Mocotó, na Cel. Bordini. Tem quem não goste, acha nojento e coisa e tal. Gosto é gosto, já dizia a senhora que comia pizza com tomate seco e aquelas folhas amargas e horríveis.
Desejo e realidade
Mesmo vozes mais esclarecidas que detestam o sentido editorial da Globo acham que o grupo dos Marinho está pela bola 7, com dívidas, faturamento em queda etc. Alguns dizem que ela já foi comprada, ora por grupos mexicanos ora por chineses.
Devagar com o andor. Ela está longe disso.
Por mais que se desaprove os telejornais da emissora, alguns com informações risíveis, enquanto seguir produzindo conteúdos como as novelas, com forte apelo para o que chamamos de povão, o dinheirinho seguirá tilintando ao cair na caixa registradora. Os artistas e jornalistas perdidos hoje serão substituídos amanhã. O resto é saudade.
Mortes silenciosas
Nos anos 1970, dizíamos nas redações que um jornal começa a morrer dez anos antes. Em mais de meio século, vi quebrar pelo menos meia dúzia de jornais e outro tanto de revistas. Feita a autópsia, estava na cara, questão de tempo.
Em comum, todos tinham a mesma soberba, o nariz empinado. É o pior que pode acontecer em uma empresa. É um câncer silencioso.
Pandemia
Primeiros dias da pandemia. Os pedidos para as bancas do Mercado Público de Porto Alegre deviam ser entregues para um funcionário junto à entrada, que voltaria com o produto e com a maquininha do cartão. Como eram tristes aqueles dias.
Internet
Reparem o ano, foi antes da pandemia.