O escape da abundância
O aumento do uso massivo das redes sociais vem soterrando os usuários comuns de tal forma que, ao fim e ao cabo, muitos escapam dessa enchente preferindo ficar no seco. Já existe um movimento de não usar o celular, usá-lo apenas para falar e ouvir. Interagir com este mar é humanamente impossível.
Os 47%
Caso de uma pesquisa feita pela agência de notícias Reuters, aqui publicada pelo Poder360. Em média, em 46 mercados, descobrimos agora que 22% dos entrevistados participa ativamente das notícias –uma queda impressionante de 11 pontos percentuais desde 2018. Enquanto isso, um número cada vez maior de usuários de notícias participa de forma reativa (31%, aumento de 6 pontos percentuais desde 2018), e quase metade agora não participa de forma alguma (47%).
O leitor-notícia
Agora, um paralelo com épocas passadas. As cartas de leitor nos jornais impressos eram uma forma para extravasar opinião, digamos dos que quisessem os 5 minutos de fama. E parte deles escrevia com frequência, um desejo de ser notícia.
Hoje, esse desejo de ser lido é tremendamente maior. Todos querem não 5 minutos de fama, mas 24 horas de reconhecimento. Por isso, criaram as tribos, os grupos, uma forma de escapar do anonimato.
Como o ser humano não falha, em alguns a cizânia impera a ponto de ficarem inimigos entre si. O que leva à conclusão que nós amamos nos odiar.
Sem futuro
Criança, não verás país nenhum como este, exultava Rui Barbosa, a Águia de Haia. De fato, sete entre dez alunos de até 19 anos não concluem a educação básica, como salienta o jornalista Flávio Tavares. E o Brasil será deles…