O custo da cretinice

12 jan • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em O custo da cretinice

Depois década eleição sobram matérias sobre o “custo” da democracia, transformando os eleitos em cifras, tipo um vereador custa xis para o país. Tem que ter alfafa no lugar do miolo para chegar a um valor. Como se democracia fosse um produto perecível que se encontra em gôndola de supermercado.

Se ainda fossem meras comparações entre um parlamentar de Manaus e outro de Porto Alegre, vá lá, mas daí a dizer que isso é “custo” da democracia, aí meu Jesuscristinho, tende pena deste pobre escriba. É ser mais sem noção mais até que o corretor de texto  da Samsung.

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Conversei com dois médicos diretores de hospitais. Ambos me disseram que não tem tanta gente com Covid como se imagina. E desde o ano passado uma coisa me intriga. Depois de todos os feriadões, o número de mortes dá um salto. Natural, pensei, eu sei como a burocracia funciona. O pessoal administrativo que, entre outras tarefas, coleta e até emite estes dados faz feriadão também, se não todo, em parte.

O AGLOMERÔMETRO

Natural que o número de óbitos represa. Não, dizem  coleguinhas colunistas, isso se deve às aglomerações. Tudo bem, posso entender que elas ajudam, mas como eles sabem quantos infectados se deve a esse fator? Tem algum aglomerômetro?

UM ADEUS MELANCÓLICO

Deu tristeza saber que a Ford vai fechar suas fábricas no Brasil. Um século de produção! Pouca vendagem foi a explicação, mas me permitam uma correção: pouco dinheiro no bolso do brasileiro. Talvez não tenham acompanhado a agressividade das montadoras coreanas, especialmente a sua aqui inimiga Chevrolet.

É MEU!

Quando eu era gurizote, meu pai e meu irmão tinham caminhões Ford F8, então “torcíamos” pela marca. Mesma coisa com os automóveis e veículos pesados da Chevrolet e Dodge. Eu e meus amigos passávamos horas olhando o vai e vem dos carros. Quando passava um bonitão, gritávamos “é  meu!”

Essa  memória infantil era tão forte que mesmo adulto fui obrigado a reconhecer, com desgosto, que o Corvette da GM era mais bonito que o Ford Mustang.

Fiquei um bom tempo olhando a matéria. Também com desgosto vejo que todo o  meu mundo de criança está desaparecendo.

JC

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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