Neurônio com temporizador

30 jan • NotasNenhum comentário em Neurônio com temporizador

Todos já passaram pela experiência de chegar ao caixa e dizer que antecipadamente é cartão de débito ou de crédito, e ser ignorado por quem está atrás do balcão. Mas na hora de inserir o cartão ele ou ela perguntam se é um ou outro, que pode ser interpretado por falha cerebral coletiva.

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Na realidade, o cérebro de parte dessas pessoas não funciona por estilos explicativos externos. A pergunta se é débito ou crédito tem que partir delas. Isso feito, os neurônios se alvoroçam e gritam “é débito!”. Mas atenção: a validade da ordem é de uns poucos segundos.

Gira, gira…

Vocês sabem que o turnover, a rotação dos empregados de uma empresa, é muito alta, especialmente nos supermercados. É difícil ver um caixa no posto por muitos meses.

Daí que ninguém esquenta o assento. É vapt-vupt e procuram um novo emprego que não exija muita ou nenhuma qualificação.

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Isso tem a ver com o fim de uma tendência que regrou o Brasil por mais de 70 anos. Ou seja, o desejo de subir na empresa de olho em promoções e tendo em contrapartida da empresa planos de cargos e salários. Hoje são poucas, porque é uma história (de novo…) da cobra comer o próprio rabo ou do surgimento do ovo ou da galinha.

A tragédia brasileira

Os empresários dizem que, hoje, o grosso da mão de obra não tem mais ambição, que resiste à qualificação. Já os funcionários dizem que ganham tão mal que não vale a pena se profissionalizar, o que é um erro terrível especialmente de parte dos assalariados.

Por isso, somos um país dos sete instrumentos. Mas não tocamos bem nenhum deles, traduzido na frase “eu sei fazer de tudo”.

Na verdade, não sabem fazer nada. Essa é a maior tragédia brasileira, ou uma das maiores.

A verdadeira beleza (*)

O veterano magistrado Oliver Wendell Holmes, quando era ainda ministro do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA, costumava dar todas as tardes um passeio a pé na companhia do Juiz Brandeis. Uma dessas tardes, Holmes, que então tinha 92 anos, deteve-se a admirar, maravilhado, uma mocinha que por eles passou.

Chegou mesmo a virar a cabeça para vê-la descer a rua! E depois dirigindo-se ao colega Brandeis, suspirou:

– Ah, quanto eu não daria para estar no vigor dos meus setenta!

DREW PEARSON e ROBERT S. ALLEN, The Nine Old Men

Sem mérito

Quando eu tinha 16 anos e estava envaidecida, porque me haviam elogiado, meu pai me disse: “O que eles elogiam é a tua mocidade. Não há mérito em ter beleza aos 16 anos. Mas se fores bela aos 60, então, sim, poderás te orgulhar da tua beleza, que será um reflexo de teu espírito”.

MARIE STOPES, Change of Life in Men and Women

(*) Extraídos de Seleções do Riders’Digest de abril de 1944

Comissário Kalil

Os ministérios das Relações Exteriores – Itamaraty e da Cultura anunciaram a nomeação de Emilio Kalil como Comissário-Geral do Brasil para o ano do intercâmbio cultural Brasil-França. Kalil é gaúcho de Bagé e trabalhou em várias emissoras de TV de Porto Alegre. Entre elas, a TV Difusora (hoje Band), em 1973, na produção do programa A Grande Noite, do qual eu também participava.

Eu também já dei muitas voltinhas por aí..

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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