Muda o corpo, muda a alma
Os tempos vertiginosos que vivemos têm a encontrá-los mudanças um tanto quanto radicais nos usos e costumes, boa parte das mulheres, aparência pessoal e roupas. Até os anos 1990, não se misturava cores como laranja com amarelo ou vermelho mais vivo, era coisa de pobre sem gosto.
Hoje, observamos essas cores em vestidos, saia e blusa e outras peças de cores várias. A ordem é contestar padrões. Então, o que vejo é uma certa uniformidade entre as classes sociais.
Outra mudança notável foram as tatuagens. Há 30 anos, nenhuma mulher ousaria se tatuar corpo afora. Inclusive em lugares mais escondidos, digamos assim.
Mesmo os homens aderiram à moda pouco depois dos anos 1990. Quem usava tatuagem geralmente era fora da lei ou egresso do sistema penitenciário.
Senha para presidiários com letras e quase nenhuma imagem era regra. Um exemplo é tatuar os cinco dedos de cada mão com A-M-O-R e Ó-D-I-O. Rezava a lenda que era uma espécie de desabafo pelos estupros e homossexualismo nas cadeias.
Interessante foi o início das tatuagens nas mulheres, antes praticadas mais por artistas. Depois, a moda pegou rápido nas jovens e, mais tarde, nas mulheres maduras e até de meia-idade, mas de forma discreta.
Geralmente, algum símbolo misterioso no ombro ou pescoço. Como a indicar que a dona pertencia a alguma sociedade secreta, misteriosa, inacessível para as não iniciadas.
Ante alguma pergunta sobre o significado, a portadora desses símbolos cabalísticos limitava-se a sorrir de forma enigmática. Era o seu segredinho, mesmo que fosse apenas gabolice.
Boa parte dos maridos não gostava. Vai que era linguagem para agradar amante.
Agora todo mundo as usa. E de forma bem saliente. Em um determinado tempo, a moda será corpo sem nenhuma tatuagem. E, então, vêm os arrependimentos.
Especialmente quando eram namorados. A paixão é transitória, sabemos. Não tem nenhum compromisso com a eternidade.