Mistura braba
Vejo clientes de cafeterias se deliciando com cafés misturados com estranhas substâncias não-misturáveis, cremes e outros que tais. Como sou purista, pra mim café é puro e sem açúcar.
Entendo o hedonismo vigente, mas não significa que o aprovo. Se eu bebesse, só admitiria uma dose de bom conhaque francês no cafezinho no inverno siberiano e fora de casa em camiseta de física.
Quando o uísque estava na moda, um turba de degenerados misturava uísque com guaraná. Estragava os dois. Já os adeptos do chope que queriam tonturinha rápida botava Steinhägen ou Trigo Velho no copo. Terrível o efeito.
No interior de São Paulo, era moda misturar pinga com vinho. Toda essa lambança para alcançar rápido porre, estágio em que os humanos se tornam chatos. Na Mongólia, os criadores de cavalos bebem leite de égua fermentado, que tem em torno de 1,5% a 2% de álcool. Até bebê bebe. Explica porque naquelas regiões as bochechas são tão rosadas. É uma boa mistura de cores na paleta, bebês cor de rosa com roupinhas azuis.
Enfim, não fiz o mundo, só vivo nele.