Me engana que eu gosto
Saiu um estudo informando que as drogas mais usadas durante o carnaval são álcool, cocaína e maconha. Desculpem os autores, mas esse é um estudo tipo segredo de polichinelo, só não contaram para eles.
Por que só no carnaval? Álcool está presente sempre no dia a dia. Mas é droga lícita, assim como o fedorento e mortal cigarro. Cocaína também. Ou o que vocês acham que se consome nas festas até de classe média?
Ê, ê, fumacê
A maconha, meu Deus do céu! Você não caminha uma quadra movimentada de Porto Alegre sem sentir o cheiro típico da cannabis. Esta é uma droga mais barata, então se observa seu uso também entre os sem-teto. Uma droga de certa forma bem mais perigosa é o ecstasy e similares, 10,20 ou 30 vezes mais potente que o produto original.
Então, vamos parar de hipocrisias. Cocaína já não é mais, e há muito tempo, utilizada no mundo artístico. Anfetaminas são chamadas de rebites pelos caminhoneiros que precisam ficar acordados e espertos por 24 ou 36 horas para levar a carga non stop da origem ao destino final.
Tem solução? Acho que não tem. Na melhor das hipóteses, redução em algumas faixas sociais e etárias.
A cada dia, são criadas novas drogas perto das quais as antigas são brincadeira de criança. E dizer que o mundo dos dependentes só faz aumentar é truísmo, verdade que não precisa ser explicada.
Países africanos pobres, como a Somália, vivem uma epidemia de uso de drogas sintéticas, ao alcance até de adolescentes Quem não usa está “fora”, é desprezado pelas amiguinhas e amiguinhos.
Fábrica de cadáveres
Os cemitérios já são um bom negócio, pelo aumento descomunal da população. A especialidade “morte por overdose” ocupa um largo espaço deles. E aumentando.
Sem querer ser careta, mas já sendo, o álcool e a maconha são porta de entrada. Dizer que são vítimas do tráfico enseja uma afirmação: ninguém era viciado quando deu a primeira cheirada.
Sem quer fazer trocadilho, o mundo já é uma droga.
Tão bonitinho
Quando a fome bate à porta…
… o amor pula a janela. Segundo o IBGE, o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos. E, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho de 2022. Uma alta de 260% em cima da média de meses anteriores. Sendo a principal causa, a crise financeira.
Porém…
…dito assim é explicação parcial. A falta de dinheiro traz à tona conflitos pré-existentes agravados pelas idiossincrasias de cada um turbinados pela vida maluca da sociedade atual.