Feliz ano velho
Terminadas as convenções que escolheram os candidatos, chega a hora de botar os nomes na rua sem o “pré” protocolar e obrigatório. Em uma semana e meia, começa a campanha, que havia começado quando o “pré” já existia. A diferença que agora pode botar o bloco na rua até para os debates.
Como repetir a história
Os programas dos partidos mostrarão praticamente os mesmos temas das campanhas de 2018, de 2014, de 2008, de 2004, de 2000 e eleições anteriores. Mudam as moscas e um que outro tema novo. E aí vem o xis da questão.
Como não foi verde meu vale
Os sucessivos governos mudaram sua vida? Não me venham com os mandatos embalados por vento a favor, como foi o primeiro de Lula. Ele, Dilma Rousseff e Bolsonaro baixaram os impostos pessoa física? Não. Pior, não podiam nem podem.
A carga tributária no lombo do contribuinte é imexível porque sem ela os governos não teriam como botar dinheiro fora e engordar esse ente monstruoso, o Jaba da Guerra nas Estrelas. Ambos mexeram apenas nos tributos das pessoas jurídicas, escalada iniciada no governo FHC.
No Brasil, a lei da gravidade funciona ao contrário.
Digam o que disserem na telinha, o Brasil depende do humor internacional e da Natureza. Os EUA e Putin espirram, e nós pegamos pneumonia. Os mercados sobem e descem, mas para o cidadão comum nada muda. Fica ao sabor da correnteza nadando de poncho e bota. De vez em quando, usa esporas, como nas eleições. Mas o efeito está para o país como uma válvula está para a panela de pressão.
Lembra do que assinei?
Essa Carta pela Democracia (e quem não é, salvo uma minoria de ambos os lados) escrita por alguns diretores da Fiesp – e não da Confederação Nacional da Indústria ) aparentemente é louvável não fossem as entrelinhas significando “vou votar em Lula”. São empresários que agem e saibam manifestos onde está escrito um antigo ditado, “Mateus, primeiro os meus”.
Feita a assinatura, só falta que a remetam para Lula, que está à frente nas pesquisas com o AR, aviso de recebimento. Se for outro o vencedor, ficarão em silêncio obsequioso.
Putz, dirão, me enganei. Não sabia o que escrevia.
As grandes empresas que têm negócios aqui e no exterior, incluindo multinacionais, sabem que a prudência antes de qual assinatura baseada sem levar em conta o imponderável.
O Brasil é um país invertebrado.
Que Rei sou eu?
Quem efetivamente manda no Brasil é o Corporativismo Cia. Ltda e o Supremo. Os outros dois Poderes são meros papagaios de pirata.
Ganhador
Me perguntaram que ganha a eleição. Digo que, hoje, dá Lula; daqui a dois meses, não sei.
a carta foi iniciativa dos professores da Faculdade de Direito da USP!
Abraço