Esse mundo é um hospício
Vejamos as mais recentes dessa bolinha como é vista no espaço. Por causa dos ataques de assassinos (inclusive adolescentes) uma escola do Rio de Janeiro, a Christian School, colocou detector de metais obrigatório para alunos, mestres, visitas e funcionários.
Condená-la, quem há de? É melhor que colocar guardas armados ou PMS. Até porque não tem polícia com esse efetivo todo…
Quando surgem esses ataques de pânico, sempre digo que quando alguém, geralmente da mídia, diz que é preciso fazer alguma coisa sem que saiba que coisa séria é essa, é provável que essa alguma coisa seja algo que não seja viável.
O Brasil precisa necessariamente de semicondutores e não há no horizonte dinheiro suficiente para fabricá-los aqui. Mas essa é mais que uma necessidade, é segurança nacional.
Por falta de chips, faltam carros, aviões e até smartphones. E 87% dos chips são fabricados em poucas fábricas em Taiwan e Holanda. Como é que não acordamos para essa grave deficiência? Porque gastamos palavrório falando e fazendo política. É para matar, senhores.
Outra deficiência mundial é a falta de pilotos, mesmo que as aéreas ainda não tenham atingido o patamar da pré-pandemia. A TAP, de Portugal, pode cancelar 200 voos em maio por falta de tripulações.
Sauditas e Emirados Árabes Unidos procuram pilotos brasileiros. Mas também não temos sobra.
Nos anos 1950, o Brasil tinha tão poucos que Assis Chateaubriand, presidente dos Diários e Emissoras Associados, importou milhares de aviões de treinamento CAP-4, com motor fraco de 65 cavalos, mas que davam conta do recado, e os distribuiu para os aeroclubes. Só por isso o controvertido mecenas merece uma estátua.
Somos assim no Brasil. Primeiro procuramos defeitos, depois as virtudes.
A PISCINA DA MARINHA
Nos anos 1970 e 1980, com a crise do petróleo, a Marinha do Brasil fez experimentos em águas poluídas no Rio de Janeiro colocando aguapés, planta que despolui dejetos orgânicos e químicos, gerando metano no fim do processo. Cobriram todo o lago com lona plástica para canalizar o gás e aproveitá-lo como fonte de energia e até na cozinha.
Nunca mais ouvi falar. No Brasil, a dor ensina a gemer só enquanto não dói muito.