Esse mundo é um hospício

17 abr • NotasNenhum comentário em Esse mundo é um hospício

Vejamos as mais recentes dessa bolinha como é vista no espaço. Por causa dos ataques de assassinos (inclusive adolescentes) uma escola do Rio de Janeiro, a Christian School, colocou detector de metais obrigatório para alunos, mestres, visitas e funcionários.

Condená-la, quem há de? É melhor que colocar guardas armados ou PMS. Até porque não tem polícia com esse efetivo todo…

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Quando surgem esses ataques de pânico, sempre digo que quando alguém, geralmente da mídia, diz que é preciso fazer alguma coisa sem que saiba que coisa séria é essa, é provável que essa alguma coisa seja algo que não seja viável.

O Brasil precisa necessariamente de semicondutores e não há no horizonte dinheiro suficiente para fabricá-los aqui. Mas essa é mais que uma necessidade, é segurança nacional.

https://cnabrasil.org.br/senar

Por falta de chips, faltam carros, aviões e até smartphones. E 87% dos chips são fabricados em poucas fábricas em Taiwan e Holanda. Como é que não acordamos para essa grave deficiência? Porque gastamos palavrório falando e fazendo política. É para matar, senhores.

Outra deficiência mundial é a falta de pilotos, mesmo que as aéreas ainda não tenham atingido o patamar da pré-pandemia. A TAP, de Portugal, pode cancelar 200 voos em maio por falta de tripulações.

Sauditas e Emirados Árabes Unidos procuram pilotos brasileiros. Mas também não temos sobra.

Nos anos 1950, o Brasil tinha tão poucos que Assis Chateaubriand, presidente dos Diários e Emissoras Associados, importou milhares de aviões de treinamento CAP-4, com motor fraco de 65 cavalos, mas que davam conta do recado, e os distribuiu para os aeroclubes. Só por isso o controvertido mecenas merece uma estátua.

Somos assim no Brasil. Primeiro procuramos defeitos, depois as virtudes.

A PISCINA DA MARINHA

Nos anos 1970 e 1980, com a crise do petróleo, a Marinha do Brasil fez experimentos em águas poluídas no Rio de Janeiro colocando aguapés, planta que despolui dejetos orgânicos e químicos, gerando metano no fim do processo. Cobriram todo o lago com lona plástica para canalizar o gás e aproveitá-lo como fonte de energia e até na cozinha.

Nunca mais ouvi falar. No Brasil, a dor ensina a gemer só enquanto não dói muito.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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