Espiral de espantar mosquito

19 abr • NotasNenhum comentário em Espiral de espantar mosquito

Até meados dos anos 1960, os moradores das cidades grandes gaúchas sofreram o diabo com o mosquito culex, o pernilongo clássico. O aedes aegypti da dengue se tornou praga recentemente.

Pois esse era o nome de um espiral usado para espantar ele e todos seus primos. A outra marca era o Boa Noite, com fábrica na rua Sarmento Leite, em Porto Alegre.

Esse é como um bombardeiro B2 da força aérea norte-americana. Carrega dezenas de bombas – doenças – que vão desde a malária passando por outras maldades infecciosas. O pernilongo era um caça solitário, um matador.

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Acendia-se uma ponta e ele queimava lentamente por oito horas, Funcionava, mas o cheiro da fumaça impregnava as roupas e lençóis. 

Levava uma enorme vantagem sobre os químicos de hoje, pois não era tóxico, era produto natural de uma plantinha chamada piretro, abundante na região de Taquara (RS). O PA, princípio ativo era a piretrina.

Por ser natural, não causava danos à saúde. Este produto era e ainda é usado como carrapaticida nos rebanhos. Ao contrário dos carrapaticidas químicos, não faz mal nem para os animais nem para os humanos que consomem sua carne ou leite.

https://cnabrasil.org.br/senar

Agora vem o curioso da história. A Bayer comprou terras em Taquara para sintetizar a piretrina, que não precisava mais ser colhida in natura. Entrou até para a linguagem popular. Quando se queria mostrar uma falsa preocupação, se dizia ao interlocutor “Vou até fumar um Boa-Noite”.

Hoje, a piretrina sintética é usada no famoso Mat Inset, ampolas de vidro com líquido que se pluga na tomada para aquecer e evaporar para afastar insetos. Também não faz mal para a saúde.

Se queres espantar mosquitos sem usar produto nenhum – além do mosquiteiro – plante gerânios no peitoril da janela, mesmo que seja em apartamento. O aedes detesta o cheiro dessa flor.

Quem descobriu? Os franceses quando colonizaram a Louisiana (de Luis XIX) depois vendida para os Estados Unidos. No vai-e-vem dos barcos à vela, trazendo produtos da colônia, o mosquito vinha de contrabando nas cargas. Tornou-se uma praga na França. E os nativos americanos ensinaram a eles  o truque.

Viva o chimarrete!

Depois dessa do deputado carioca Tiago Gagliasso ser alvo de investigação por ter pretensamente falado mal daquela sopa de letrinhas, embora seu irmão ator seja “fluído”, é bom botar as barbas de molho. Por aqui, o fundamentalismo guasca prende e arrebenta quem falar mal do chimarrão. Eu hein? Tomo chima até em forma de sorvete.

A pólvora da mídia

A história do Brasil contemporâneo do ponto de vista da imprensa em geral é como o antigo fogo de artifício chamado buscapé. Errático, depois de aceso buscava “vácuo” e daí seu nome.

Pois a mídia faz o mesmo com as notícias. Depois que uma acende, ela vai atrás até não ter mais pólvora. Às vezes, até reinventam.

Paradoxos da ausência

Quando um carro está com pouco combustível no tanque, o motor aumenta a rotação à medida que a reserva chega ao fim, não precisa mais gastar energia para puxar. Quando um feriadão aparece no final da semana, uma semana antes, o fluxo dos e-mails começa a diminuir..

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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