Ei, me dá um dinheiro aí?

24 mar • NotasNenhum comentário em Ei, me dá um dinheiro aí?

Essa antiga marchinha tinha este refrão. E esse refrão faz lembrar uma certeza entre o povo: que  bancos só emprestam dinheiro para quem não precisa.

Exageros à parte, é por aí mesmo. E a explicação vem  de um romance chamado Conspiração de Papel, que se passa no tempo do início das bolsas de valores em Londres, onde as negociações eram feitas em uma taverna.

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A trama, que envolve um misterioso assassinato, é minuciosa na descrição de usos e costumes. E também a cultura que permeava a Inglaterra.

Na história, o filho de um dos maiores banqueiros de Londres botava dinheiro pela janela, presenteando amigos com as melhores carruagens e dava casas de campo e outras coisas que só milionários podem pagar. A história se espalhou e, certo dia, o pai do rapaz o chamou.

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Assim que  ele entrou no gabinete, o pai falou.     

– Meu filho, você está quebrando a regra dos muito ricos: nunca gaste seu próprio dinheiro.

O que tem a ver com os bancos de hoje? Tudo. Todo dia lemos que a empresa tal, que nada em dinheiro – ou pelo menos não tem problemas de caixa – pega dinheiro de bancos oficiais e bancos de fomento, como o BNDES, a juros camaradas.

Só a inflação já comeu parte do pagamento, porque a carência costuma ser de um ano para fora. Neste meio tempo, mesmo a pior aplicação financeira já paga os juros.

Por que os empresários tomam dinheiro público, se estão bem de caixa? Porque nunca gastam seu próp´rio dinheiro. É a lição explicada na taberna do livro Conspiração de Papel. Assim funcionam os muito ricos.

Flagrantes da vida real

Os passageiros na sala de embarque do aeroporto esperando a saída do voo, quando chega o copiloto impecavelmente fardado, com óculos escuros e uma bengala branca, que o auxiliava para caminhar. A aeromoça esclarece que, apesar de ser cego, é o melhor copiloto da empresa.

Pouco depois, chega o piloto, com a farda impecável, óculos escuros e também com uma bengala branca, auxiliado por outra aeromoça, que afirma que o piloto também é cego, mas que é o melhor piloto da empresa. Todos ficam desconfiados, mesmo assim embarcam.

O avião taxia e, ao chegar na cabeceira da pista, acelera e começa a corrida para a decolagem. O avião cada, vez mais, aumenta a velocidade. E a pista vai passando, com os passageiros aterrorizados.

O avião continua em alta velocidade, mas nada de decolar. O fim da pista se aproxima. Os passageiros, já histéricos, começam a gritar em pânico.

Nesse momento, milagrosamente, o avião decola, e o piloto diz ao copiloto:     – No dia que os passageiros não gritarem, estamos perdidos!  

(Autoria desconhecida)

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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