Do fim ao início

28 set • A Vida como ela foiNenhum comentário em Do fim ao início

Antes do aparecimento do computador pessoal, se você não soubesse datilografar, estava ferrado. Não conseguia em emprego de balconista. Em escritórios, nem pensar… Atenção gurizada,  máquina de escrever não é lenda urbana. Ao assunto: muita gente aprendeu na marra, como foi meu caso, usando a máquina do meu tio. Elas eram caras.

Para famílias pobres, havia o recurso das Escolas de Datilografia, que cresciam mais que chuchu em cerca. E se aprendia a usar os 10 dedos. Ai de mim, usava só dois mais os polegares para dar espaço. Mas escrevia rápido. Alguns empregos, como escritórios, exigiam o uso dos 10.

Passou o tempo, a máquina de escrever barateou. Ia tudo muito bem até que apareceu o PC e, depois, os smartphones e tablets. No celular, tem gente que escreve com os 10, mas outra fatia usa ou aquela canetinha ou um dedo, o indicador.    Que é meu caso. Seguro o celu ou tablet quase na vertical com a mão esquerda e digito com o indicador, vulgo dedo duro.

Significa o seguinte. Comecei a escrever ainda criança com um dedo, passei a usar seis e, muitas décadas depois, voltei a usar só um. Deve ter alguma mensagem aí. Talvez eu e muita gente sejamos o marco zero da involução humana.

De volta às cavernas, pois.

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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