Disputa de beleza

5 ago • NotasNenhum comentário em Disputa de beleza

Para além das disputas de equipes e individuais, as Olimpíadas também são uma disputa de pessoas jurídicas, os países. Como escreveu Mário Andrada, no Poder360, o Quadro de Medalhas é uma disputa política e um festival estatístico. Especialmente ideológica, acrescentaria. Em décadas passadas, o pau comia além dos tatames para entrar na raia do mano a mano entre comunistas e capitalistas.

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A Cuba de Fidel fazia de tudo para ganhar dos Estados Unidos. Fidel Castro se empenhava pessoalmente na disputa. Pobre, mas limpinho, mais ou menos por aí. Depois vinha a propaganda dos heróis.

Bem coisa de alemão

Vi uma luta da modalidade greco-romano, que vem desde os primórdios olímpicos reavivados pelo Barão de Coubertin – alguém lembra dele? É meio que agarramento sem socos e pontapés e jogar o outro para fora do tatame. Rapaz, um alemão de dois metros de altura e esguio como uma taquara jogou o adversário a metros, tão rápido. Nem deu para ver de qual país.

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Atletas da latinha

O que chama atenção é o esforço dos bravos rapazes das emissoras narrando disputas de esportes que não conhecem, como o descrito acima. Não fosse o auxílio de ex-atletas, passariam vexame. Nunca se viu como agora tanto jornalismo de interjeição.

O fac totum

Quando era comentarista do Jornal Gente da Rádio Bandeirantes, no início dos anos 2000, a TV por assinatura, e parte da aberta, começou a exibir uma série de esportes ignorados no Brasil. Um desses narradores (Sport?) que narravam desde provas de equitação a corridas de tratores passando por outras maluquices americanas, era gaúcho. Entrevistamos o cara.

Ele contou alguns macetes da profissão, como agia na transmissão para não deixar a peteca cair. Perguntei como ele conseguia entender de todos.

– Não entendo – confessou.

O que eu não entendo

É como pode o Brasil ter 92 impostos e taxas e agora querem não só criar mais alguns com a justificativa de eliminar ou suavizar outros. Se existe uma coisa certa é que imposto não desaparece nem suaviza, muda de cara. Ou vocês já viram algum governo fazer reforma tributária para perder dinheiro?

Estou certo ou estou errado, doutor Guedes?

fotofofoca (4)Meu medo…

…É que essa tal de variante Delta esculhambe o mundo de novo.

Se existe esse perigo, por que os grandes laboratórios não estão fazendo um puxadinho nas vacinas atuais para contemplar também o sacana nascido na Índia? E nem li nem ouvi que eles estejam pesquisando ou produzindo novo produto.

Se bem que…

…com as redações e verbas magérrimas, pode ter escapado. Aliás, nos anos 1980, dizíamos que os jornais falavam tudo sobre a China e nada sobre a esquina. Complexo de New York Times.

Quando fiz o Informe Especial da ZH, de 1982 a 1989, o Maurício Sirotsky descia pelo menos um vez por semana para prosear. “Nunca percam o contato com comunidade” repetia. “Sem ela não somos nada.”

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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