Diário da Peste

31 mar • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário da Peste

O BRASIL deve ser o único país do mundo a não pegar junto nesse grave momento, que exige pelo menos uma trégua, provisória que seja. Um grita mata e o outro esfola. Da esquerda não surpreende, afinal é da índole dela o quanto pior, melhor. Mas não só ela que não está nem aí.

POR ISSO que este país não vai a lugar nenhum, salvo para trás. Estamos montando um prato para o cardápio do Restaurante Brasil que nem mesmo um faquir comeria, mesmo  depois de um ano de jejum.

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Tem de tudo temperado com fake News que o povo acredita urrando “Repassem sem dó”.

PARECE o filme Todo Mundo em Pânico em sessão dupla com o Deu a Louca no Mundo. Decretos são emitidos de noite e revogados de madrugada. Prefeitos e governadores saem da estupefação para depois decorar o que os especialistas disseram para entrevistas na TV e rádio.

ENTREMENTES, em casa ninguém mais sabe em quem acreditar. Uns falam em curva descendente do CV (enchi o saco de escrever coronavírus, está na hora de um apelido curto), outra hora em que o povo nem chegou, enquanto a China fala em rebote, e o Trump fala em um mês. Nesse meio tempo, quebramos. E nem mesmo podemos explicar a ronha para nossos filhos porque um fala A e outro dispara um B.

TENHO uma convicção: Se Tancredo Neves fosse atendido pelo SUS não teria morrido. Lembrem as imagens daquela época. Tancredo sentado visivelmente abatido e um monte de papagaios de pirata cercando o presidente.

HOJE até os estetoscópios sabem que faltam médicos generalistas, os médicos de família de outrora. Todos eles se especializaram em alguma doença. Se você quebrar uma perna dentro de um consultório médico ele não saberá o que fazer. De osso ele só tem vaga lembrança de ouvir falar na faculdade. Quero deixar claro que não são todos, sendo que uma parte vai além da sua especialidade. Enfim, refiro-me à Síndrome de Tancredo.

DARIA tudo o que sei por metade do que que não sei, já disse René Descartes. Mas isso foi antes dos comentaristas de televisão. Fosse hoje, o francês diria “nada sei”.

PREFEITO de Gramado, Fedoca Bertolucci, vai permitir o funcionamento parcial da economia do município, depois de ouvir até o Hospital São Miguel da cidade. Justificou dizendo que todo dia vem alguma nova informação da saúde que o leva a rever suas posições. Poderia ter dito “durma-se com um barulho desses”.

POR QUE ninguém lembrou do teatro do absurdo de Ionesco? Nem da barata de Franz Kafka?

A EXPRESSÃO mais ausente nesses tempos é “Boa viagem”. A não ser de uma peça para outra da casa.

O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) encerrou 2019 com resultado histórico. As operações totalizaram R$ 2,47 bilhões que, somados às contrapartidas dos próprios empreendedores, viabilizaram investimentos de R$ 2,9 bilhões na Região Sul. “O lucro líquido apurado pelo BRDE é o maior da história do banco, totalizando R$ 278 milhões – crescimento de 55,7% em relação a 2018”, informa o diretor presidente Marcelo Haendchen Dutra. Ele explica que esse resultado é fruto do excelente desempenho operacional, acompanhado por redução de despesas administrativas.

O BANCO anunciou a criação de um programa de apoio aos empreendedores do Sul do Brasil, hoje impactados pela pandemia de coronavírus. Com o Programa Recupera Sul, o BRDE vai injetar mais de R$ 1,3 bilhão na economia do RS, SC e PR ao longo de 2020. “O BRDE é um banco de desenvolvimento e, para que cumpra seu papel, é necessário que forneça crédito emergencial, com condições de financiamento diferenciadas. Ainda mais em um momento de extrema necessidade como este”, assegura Dutra.

QUAL será o futuro da CONTABILIDADE e, principalmente, como o contador pode driblar sua “extinção” diante da tecnologia. É um artigo bem interessante da Fernanda Rocha. Está publicado ali abaixo:

Pensamento do Dias

Se nem governo nem oposição, como pedir que o povo o tenha?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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