De volta ao passado

7 jun • NotasNenhum comentário em De volta ao passado

A aceleração de novos casos e mortes da Covid no Rio Grande do Sul se dá mais em regiões próximas de Porto Alegre. Leio dúzias de explicações dos especialistas, todas parecem fazer sentido, mas sinto que falta o essencial. Subnotificações que agora explodem nos necrotérios é apontada como uma das  causas da mortalidade em Esteio e Canoas.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90px

Nada sobre o fato de ambas serem populosas, terem um grande número de pessoas vai-vem-vai, gente que mora nelas e trabalha na Capital e até vice-versa.  São em torno de 300 mil pessoas só na Trensurb, sem falar que parte considerável apanha duas ou mais conduções para chegar ao seu destino.

A ilha gaúcha

Há outras faltas. Por exemplo, no norte do Estado o quadro também é dramático,  mas não leio nenhuma comparação com os números do Sul de Santa Catarina. Acaso somos uma ilha?

A Serra

Ouço relatos sobre UTIs lotadas na Serra Gaúcha, e que a maioria dos pacientes seria da faixa de 30-40 anos. Já era tendência conhecida, de que o vírus está deixando os mais velhos e se instalando nos mais novos, no geral. Se assim é, por que em Canoas e Esteio morrem os mais velhos?

Eu transmito,  tu transmites…

O espalhamento nos mais jovens certamente tem a ver com concentrações em festas, baladas. Abundam vídeos e fotos da gurizada festeira sem máscaras e se agarrando. Pois não são elas que levam o vírus para casa?

No osso do peito

Arrisco uma explicação para as subnotificações nas áreas metropolitanas: medo de perder o emprego. As pessoas aguentam enquanto podem e, provavelmente, parte não tem sintomas graves. Pode até ser a maioria. E aí transportam o vírus. De qualquer maneira uma das causas é a proximidade de Porto Alegre, mais uma vez o enfoque das matérias que leio tratam-nas como se fossem ilhas.

Baixaram a cerca

Sempre gostei mais quando tratavam a Região Metropolitana como a Grande Porto Alegre. Pois é disso que se trata. À luz desta expressão, o todo não fica mais explícito?

Engenharia social

Na visão dos bancos, é um método para aplicar golpes em que o golpista usa o seu poder de convencimento para tentar enganar as pessoas e fazer com que elas executem o que ele quer. Tudo pelo social.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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