A pioneira
A “TAM”, que agora se chama Latam, ainda é a companhia aérea mais lembrada pelo público (35%), segundo o prêmio “Top of Mind” nacional, promovido pela Folha de S. Paulo. Curiosamente, os nomes das falecidas Varig e Vasp ainda são lembrados, apesar de estarem fora de circulação.
Eu tenho convicção de que muito do sucesso de determinadas marcas se deve à sonoridade do nome, algo que agrada o inconsciente. O maior cobra em neurociência, o professor Ivan Izquierdo, certamente explica como isso se processa na cabeça do consumidor.
A Varig. Bem, a Varig tem um nome bonito, por assim dizer, e que ainda agrega todo um passado glorioso, de serviço de bordo de primeira, de ser orgulho nacional e orgulho gaúcho, era nossa – no final a sede ficava no Rio de Janeiro. E seu logo era a Rosa dos Ventos, outro achado. A cereja do bolo era a assinatura musical “Varig, Varig, Varig”.
Nos anos 1950, o jornalista Justino Martins, da então poderosa revista O Cruzeiro, escreveu que o sonho de todo gaúcho era ser cavalo ou avião da Varig. Olha que, no fundo, ele pegou o espírito da coisa.