Bolada

27 dez • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Bolada

Jair Bolsonaro confessou que jogou na Mega da Virada. A Caixa fala em um prêmio de R$ 300 milhões. Vamos que o Capitão ganhe essa bolada sozinho, o que ele fará com essa grana federal?

1) Pede demissão do cargo e diz para Hamilton Mourão: “Vai que a bola é tua!

2) Não conta para ninguém.

3) Não conta, mas alguém da Caixa jacarezeia.

4) Em cadeia nacional, ele diz que vai doar tudo para alguma instituição de caridade.

5) Compra armas e munições para as Forças Armadas.

6) Compra uma ilha, constrói nova sede do governo com esse dinheiro e proíbe a entrada de jornalistas.

O RESCALDO DA CESTA

Sejamos realistas. A maior parte dos presentes que ganhamos ficam 30% menos atrativos e belos sem embalagem e o colorido do Natal. As circunstâncias do Natal, digamos assim. É algo que entranha no presente propriamente dito. Se olharmos com olhos de olhar, a maioria deles é desinteressante sem estar vestido a rigor.

O ARTIFÍCIO

A embalagem se confunde com o produto, como é sabido. Sem ela, a coisa perde um pouco da graça. Vejam o caso das cestas natalinas. Vem aquele arcabouço enorme, o papel celofane, como se lona transparente de circo fosse, um laçarote de cor vermelho-escândalo, uma espécie de capote a guardar o que deveriam ser preciosas gulodices, bebidas e comidas. Isso até se desnudar o presente.

STRIP-TEASE

Faça o processo devagar; primeiro, tire o laçarote, que as mulheres costumam guardar para laçar algum presente para o Natal do ano que virá; em seguida tire o celofane, que grita ao seu modo ao ser amassado e reduzido a uma fração do original. Neste estágio, você nota que uma boa parte do espírito natalino desapareceu. É quase uma gôndola de supermercado mostrando produtos aleatórios. Que ficarão nus no momento seguinte do strip-tease.

GRAND FINALE

Lembram da fábula “O Rei está nu?” Pois é por aí. Assim como malaios antigos eram peritos em reduzir cabeças de humanos a quem matavam. Reduzir uma cesta de Natal a um terço do tamanho é fácil, basta tirar as palhas. A visão é melancólica. O que antes parecia um enorme presentão agora se resume a uma ou outra conserva, barras de chocolate, algum vinho ou espumante, coisas assim, tão banais. Somados os preços dos diversos itens, não chegam nem a 30% do valor cobrado pelos vendedores de cestas.

O ERRO DA GALINHA

Abro um parêntesis. Assim como uma embalagem atraente ajuda a vender, a galinha deveria por ovos coloridos já na saída e não esperar que alguém os pinte para agregar valor. Caso dos ovos de Páscoa, de galinha, bem entendido. Nós devorávamos ovos mais porque a casca era colorida. Mas a galinha, a quem não deram lições de marketing de produto, não sabe disso e deixa os atravessadores, a cadeia intermediária, lucrar com esse expediente. Acho que ela quer ser ética.

IMPOSTO NO VIDRO

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Propaganda nos ônibus do IPTU de Porto Alegre inclui os coletivos da empresa Viamão que fazem linha com a Capital. Ou erraram na mídia ou foi de propósito, talvez porque tem muito porto-alegrense trabalhando nessa cidade com imóveis em Porto Alegre. Cabe lembrar que o fim de linha de alguns roteiros da empresa é em Porto Alegre.

O poder da força

“Faz muita diferença se pensamos em Deus como uma pessoa ou como uma força. De uma forma, você tem o Cristianismo, de outra você tem a Guerra nas Estrelas.”

Jayne Kulikauskas

PENSAMENTO DO DIAS

Em muitos casos, o Papai Noel precisaria fazer um recall.  Não dos presentes, mas dele próprio.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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