Até tu, Alexa

11 ago • NotasNenhum comentário em Até tu, Alexa

Está mais difícil do que nunca acertar na previsão do tempo. Até a Alexa, aquela que responde tudo, errou feio ontem. Pedi para a moça me dizer como seria o dia e ela respondeu “com chuva”. Não choveu. 

https://cnabrasil.org.br/senar

Mais uma vítima do aquecimento global ou das mudanças climáticas. A coitada é obrigada a aceitar desaforos e nem pode responder, muito menos prestar queixa na Delegacia da Mulher por assédio moral.

Certa vez, perguntei para a Alexa se ela me amava. Resposta: não tenho essa informação. Ela ainda não sabe, mas ama, sim.

https://promobanbanban.banrisul.com.br/?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=promo_banbanban&utm_content=escala_600x90px

Previsor caipira

Nos anos 1980, fazia muito sucesso um cara conhecido como previsor caipira do tempo. Não no dia a dia, mas como seria o próximo mês, semestre e coisas assim, se seria chuvoso ou seco. Acertava sempre.

Dizia que se baseava nas formigas caminhando depressa ou devagar, fumaça de chaminé na horizontal, coisas da natureza. Depois que morreu descobriu que ele trabalhava numa cooperativa do interior e tinha acesso ao satélite meteorológico geoestacionário da Bolsa de Cereais de Chicago, o sacana. Mas valeu.

Quem não se ama…

…são os candidatos a presidente ou a governador. Joga pedra na Geni, que é o Bolsonaro, alvo preferido. Outros fazem escadinha para Lula sabendo que não vão chegar lá, então fazem um agradinho de olho em futuros cargos ou participação no governo.

Nem tanto pelo vencimento recebido, mas pelo ponto. Ponto é tudo em estatal ou ministério. E aí que o futuro pode ser risonho e franco. Mas podem chamar de balcão de negócios.

Debate à canelada

Debate é com três no máximo. As emissoras de TV levaram décadas para perceber que debates com dez candidatos não é bom. É briga de foice, na melhor das hipóteses.

O melhor deles

Debate bom era nos anos 1980, e o melhor mediador de todos os tempos chamava-se Ferreira Neto, da TV Globo. Lembro particularmente de um com candidatos ao governo do Rio de Janeiro, creio que em 1982. 

Ele ficava sentado no meio da cadeira com rodinhas. Abria o debate e jogava osso para a turma, deixando o pau comer solto, sem regras de minutos ou coisa assim. Discretamente, empurrava com os pés a cadeira para o fundo e só voltava quando as coisas fugiam do controle.

Maria vai com as outras

Quanto do eleitorado assiste aos primeiros debates? 0,0 alguma coisa. No último, muda. O interessante é que os debates são analisados mais por quem não o viu.

Um amigo de amigo vizinho do outro vizinho viu e contou para ele quem se foi melhor. É a famosa opinião terceirizada. Não interessa o fato, e sim a versão.

Querem saber de uma coisa? Melhor não assistir a debates e nem ler ou ouvir opinião de quem viu. É mais saudável. De minha parte, só volto ao assunto  em caso de homicídio.

Dia da Demora

O consumidor brasileiro é o que mais gosta de sofrer. Em datas festivas, como o Dia dos Pais, entram em filas e vão almoçar às 16h. Antes, bebem e devoram tira-gostos que tiram a fome. A casa agradece. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »