A transição do catolicismo

26 fev • Caso do DiaNenhum comentário em A transição do catolicismo

 O Brasil está deixando o catolicismo e se encaminha para ter maioria evangélica, informa matéria do jornal Valor Econômico, para quem o país vive em transição religiosa. Faz todo sentido. Tenho escrito e analisado o que parecia ser um fenômeno há muitos anos, desde que as então chamadas seitas ocupavam locais estratégicos de Porto Alegre. Quando digo que parecia fenômeno é porque não existe isso. Fenômeno é a consequência natural de um processo que estava nas nossas barbas, mas dele não nos damos conta.

 Há uma série de explicações para a perda de prestígio e poder da Igreja Católica. O Deus deles não é punitivo como o católico, para quem somos condenados ao inferno por qualquer coisa. Já nem falo do Deus luterano calvinista e outras, essas sim, religiões evangélicas do Hemisfério Norte. O Deus das nossas até quer que você ganhe dinheiro, ao contrário do catolicismo – é mais fácil um rico entrar nos céus do que um camelo passar no buraco de agulha blablabla.

 Vou dizer uma coisa: essas religiões evangélicas brasileiras ganham cada vez mais adeptos porque praticam um eficaz sistema de autoajuda aos crentes. Por isso, eles pagam o dízimo com gosto. Tem mais razões do lugar onde vim, como diz a plebe, mas as principais são essas.

 Sem falar que, em matéria de marketing religioso e logística de localização de templos, elas dão de relho no Vaticano.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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