À sua imagem e semelhança

21 dez • NotasNenhum comentário em À sua imagem e semelhança

Os automóveis são semelhantes aos países que os produzem. Os americanos são grandes, pretensiosos, unem conforto e, para boa parte, potência. Os franceses são bonitinhos, mas têm motores de baixa potência. E em alguns pontos não são confiáveis.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw03hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3824&campo=26820&secao_principal=21646969&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=fampe&utm_content=escala_600x90pxOs italianos são nervosinhos e despejam potência de sobra. O design é aprimorado e faz jus à sua fama de ótimos designers. Têm pelo menos três marcas mundialmente famosas por seu desempenho. Os ingleses, bem, os ingleses não são mais donos das melhores marcas. Antes da globalização, os automóveis ingleses se dividiam entre os de ponta, Rolls Royce, Jaguar, e o resto. Quase sempre vazavam óleo do motor, visível no piso das  garagens. Algo como a monarquia, pensando bem.

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Os japoneses, inicialmente, copiaram design das marcas europeias, Mercedes, BMW. O país do Sol Nascente não criava, copiava. Com o tempo, passaram a fabricar carros confiáveis e duráveis. Com os coreanos foi a mesma coisa, cópias descaradas dos bólidos alemães.

A Alemanha, bem, entre as 10 marcas mais famosas do mundo, cinco são alemãs.

Carros brasileiros vêm de fora, incluindo motores. Quando aqui desenvolvidos, são adaptações, geralmente modelos antigos que saíram de linha nas montadoras de origem. Nunca fabricamos um motor só nosso.

Agora surgem modelos com motores elétricos ou híbridos. Então é um marco divisório iniciado pela Daimler Benz e massificado com o Modelo T de Henry Ford, com motores de combustão interna.

O futuro serão motores movidos a hidrogênio gerado na própria máquina, a chamada célula de combustível. Por enquanto, o processo de hidrólise ainda consome muita energia, mas chegaremos lá.

Doce ilusão

É achar que carro elétrico é energia limpa. As montadoras seguirão poluindo no fabrico dos carros. E as baterias são uma das maiores dores de cabeça assim que forem – são-  descartadas. Carro elétrico é transição.

Velhote enganador

Papai Noel é um sujeito politicamente incorreto. Seu peso está claramente acima do limite de segurança. Veio, ora da Lapônia, ora do Polo Norte. Portanto, não mostra nem mesmo a certidão de nascimento. É um desastre de moda. Usa roupas quentes num país tropical, inclusive botas pesadas de cano alto. Distribui presentes como se fossem comprados por ele, portanto é um tremendo cara de pau. Depois do Natal, se manda e não disponibiliza nem mesmo SAC ou 0800 para reclamações.

Espumante

Uma das coisas enjoativas da vida são os salamaleques protocolares. Certa vez, presenteei um amigo mais ou menos com um espumante de boa cepa. “Oh, não precisava”, disse ele. Então peguei a garrafa de volta e fui embora.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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