A rebimboca da parafuseta
Já se disse muitas vezes que foi nos detalhes que a humanidade criou muitas catástrofes, o que é a pura verdade. Um simples parafuso, um esqueci então qualquer já gerou acidentes sem fim. Parece que caminhamos para o mesmo caso com as vacinas.
Imagem: Freepik
Simultaneamente com a profusão de vacinas contra o vírus, surge o embaraço do “puxa, não é que esqueci?”. O caminho do laboratório ao braço da humanidade é longo e complexo. No caso brasileiro temos questões bem nossas, começando pela escolha do “modelo”, qual delas é a melhor. A cizânia impera enquanto detalhes que são mais que detalhes estão sendo esquecidos. Pior, não foram nem lembrados.
DO ISOPOR AO APLICADOR
Já imaginaram quantas dezenas de milhões de luvas serão necessárias, quantas novas geladeiras freezers a rede pública terá que comprar, quantos aplicadores de injeções terão que ser treinados? A logística inclui desde caixas de isopor até gelo, inclusive gelo seco.
Deus e o diabo estão nos detalhes.
LIXO COVID
Se a atmosfera respira melhor por conta da diminuição da atividade e industrial nestes 10 meses, do solo e dos lençóis freáticos não se poderá dizer a mesma a coisa. São bilhões de máscaras, luvas e outros acessórios ligados ao Covid que perambulam por aí.
Mesmo o algodão pode levar até 10 anos para se decompor, os tecidos sintéticos levam até 300 anos. É sabido que a indústria têxtil é a maior poluidoras do planeta. Esse é o maior desafio da humanidade, como reaproveitar o lixo mundial sem causar outro tipo de poluição.
LAVOISER AO CONTRÁRIO
O velho e bom Lavoisier já dizia que, na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma. Já o homem cria mas não transforma, joga no mar ou na rua.
NO MUNDO DA LUA
Dizia -se de quem era distraído, avoado, desatento. Hoje, o mundo da Lua, provavelmente será chinês. Literalmente. Eles já conseguiram acoplamento na órbita, não devem demorar em colocar chineses lá, primeiro passo para a exploração comercial do solo lunar. Os recursos naturais da Terra estão se esgotando. Pode demorar, mas menos que se pensa.
O PROCESSO
O episódio do cancelamento de anúncios é algo certamente novo no mundo midiático. Nunca vi disso nos meus 52 anos de jornalismo, não neste número. Mas vai além do episódio em si. É a culminância de um processo e como tal deverá – ou deveria – ser encarado. O grupo é muito forte, seus veículos são canhões, não há como ficar fora deles. Quando a poeira baixar, haverá uma chacoalhada de cima a baixo e, talvez, correção de rumo.