A magreza das redações

23 dez • NotasNenhum comentário em A magreza das redações

Fica evidente quando se coteja o que lemos e vemos com o noticiário internacional mormente nas redes de televisão dos EUA, europeias e asiáticas. É um festival de ausências, até mesmo em assuntos paroquiais. Houve tempo em que dizíamos que o jornalismo falava muito sobre a China e nada sobre a esquina.

Hoje, nem China, nem esquina.

https://www.banrisul.com.br/pix?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=pix_poscadastro&utm_content=centro_600x90px

NEM 8, NEM 80

Pelo que percebo há uma ênfase desproporcional entre os perigos da nova cepa do coronavírus. Ele é uma ameaça sim, contamina mais rápido, mas mata menos que o pai. Pelo menos foi o que li no estudo do London Imperial College.

Como sempre, preferimos o pânico à ponderação. Mas assim é a mídia. Nossa “constituição” tem uma cláusula pétrea, é preciso alarmar o povo.

E AGORA?

A cabeça de uma pessoa comum está rodopiando. A Pfizer diz que pode modificar sua vacina para a nova cepa em seis semanas. Entāo quem já a tomou vai ter que se vacinar de novo?

COMUM A TODOS

Em vários países latinos há uma queixa comum: os medicamentos sobem mais do que a inflação há meses.

LÁ E CÁ

Os telejornais argentinos têm um cuidado que os nossos perderam há muito tempo. Qualquer imagem de acidente vem acompanhada do avido: “cenas que puedem herir la sensibilidad”, seguido de advertência de conteúdo não recomendado para menores.

Mesmo que não seja o caso. Ontem, o Canal 26 de Buenos Aires mostrou a apreensão de várias lanchas carregadas de drogas nos Estados Unidos, com a advertência de menores fora. E foram imagens de satélite, não se viam nem drogas nem violência. O que não poriam nos nossos programas, mesmo os de auditório?

A SAGA CONTINUA

Quando os celulares pararam de só ouvir e escutar e começaram a enviar fotos, escrevi que essa tecnologia obrigaria a telas cada vez maiores, enquanto os computadores ficavam cada vez menores. É uma lógica perversa essa.

Pois leio que é cada vez maior a tendência de telas maiores nos smartphones. Em 2021, europeus e americanos devem comprar 900 milhões de aparelhos entre 6 e 7 polegadas.

FIM DA FARRA

Será quando a ciência tiver domínio sobre a holografia. Rumo à cabeça de alfinete. Agora, se você perder uma mesmo na cama…

MEMÓRIAS JORNALÍSTICAS

Quando entrei no Jornal do Comércio, em 1996, o telex estava sendo substituído pelo fax. Em seguida entraram os computadores 286. Baixar uma foto levava um bom tempo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »