A magreza das redações
Fica evidente quando se coteja o que lemos e vemos com o noticiário internacional mormente nas redes de televisão dos EUA, europeias e asiáticas. É um festival de ausências, até mesmo em assuntos paroquiais. Houve tempo em que dizíamos que o jornalismo falava muito sobre a China e nada sobre a esquina.
Hoje, nem China, nem esquina.
NEM 8, NEM 80
Pelo que percebo há uma ênfase desproporcional entre os perigos da nova cepa do coronavírus. Ele é uma ameaça sim, contamina mais rápido, mas mata menos que o pai. Pelo menos foi o que li no estudo do London Imperial College.
Como sempre, preferimos o pânico à ponderação. Mas assim é a mídia. Nossa “constituição” tem uma cláusula pétrea, é preciso alarmar o povo.
E AGORA?
COMUM A TODOS
Em vários países latinos há uma queixa comum: os medicamentos sobem mais do que a inflação há meses.
LÁ E CÁ
Os telejornais argentinos têm um cuidado que os nossos perderam há muito tempo. Qualquer imagem de acidente vem acompanhada do avido: “cenas que puedem herir la sensibilidad”, seguido de advertência de conteúdo não recomendado para menores.
Mesmo que não seja o caso. Ontem, o Canal 26 de Buenos Aires mostrou a apreensão de várias lanchas carregadas de drogas nos Estados Unidos, com a advertência de menores fora. E foram imagens de satélite, não se viam nem drogas nem violência. O que não poriam nos nossos programas, mesmo os de auditório?
A SAGA CONTINUA
Quando os celulares pararam de só ouvir e escutar e começaram a enviar fotos, escrevi que essa tecnologia obrigaria a telas cada vez maiores, enquanto os computadores ficavam cada vez menores. É uma lógica perversa essa.
Pois leio que é cada vez maior a tendência de telas maiores nos smartphones. Em 2021, europeus e americanos devem comprar 900 milhões de aparelhos entre 6 e 7 polegadas.
FIM DA FARRA
Será quando a ciência tiver domínio sobre a holografia. Rumo à cabeça de alfinete. Agora, se você perder uma mesmo na cama…
MEMÓRIAS JORNALÍSTICAS
Quando entrei no Jornal do Comércio, em 1996, o telex estava sendo substituído pelo fax. Em seguida entraram os computadores 286. Baixar uma foto levava um bom tempo.