A Cenoura Protegida

31 ago • NotasNenhum comentário em A Cenoura Protegida

Há 10 anos, uma empresa de alta tecnologia de genética de sementes, a Isla, desenvolveu uma cenoura chama Cenoura Suprema, que recebeu do Ministério da Agricultura o certificado de Cenoura Protegida. O selo, que estará em todas as embalagens da Suprema, reconhece a exclusividade do material genético produzido pela Isla.

Em mais uma das minhas matutadas, fiquei pensando como a humanidade se torna cada vez mais complexa. Claro que entendo a importância dessas certificações. Mas ao saber que existe na Terra uma cenoura que, além de suprema, é protegida, um ET certamente teria alguma dificuldade em assimilar o conceito.

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Verdade que parte das pessoas que moram neste planetinha também são supremos e protegidos como a cenoura da Isla. Mas não é menos verdade que a maior parte não é nem ao menos protegida. Penso nisso cada vez que pinta um assaltante no meu radar, aperfeiçoado ao longo de décadas de, aí sim, perigos supremos. 

É o que a casa oferece, afinal de contas. Cada povo tem a Isla que merece, e que, não raro, não merece. Ao vencedor, as cenouras.

A nova economia

Nesta quinta-feira, 31 de agosto, o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das organizações criminosas mais influentes do Brasil, completa seu trigésimo ano na ativa desde sua formação, em 1993.

https://cnabrasil.org.br/senar

Esse marco representa não apenas três décadas de existência. Mas também um período de evolução, impacto, atuação e desafios enfrentados pelo PCC no cenário do crime organizado.

Na Itália, o dinheiro vindo das fraudes, dinheiro das brigas e outras fontes do subundo entram no cálculo do PIB. Imagina o salto do nosso.

Estamos empregando de forma equivocada a expressão submundo. Esse é o mundo real. 

De passagem, a moda

Parte dos releases de empresas ou instituições iniciam com “passando por aqui envio….”. Só que fico esperando e ninguém passa. Só se passam por cima.

Já foi pior.  Houve tempo em que os textos começavam com “Então”. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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