Assim é a vida
Logo após o sucesso do filme Parque dos Dinossauros, um diretor de filmes B de terror desde os anos 1950, Roger Cormann, fez um filme escrachado no blockbuster hollywoodiano. Claro que com dinossauros de borracha e atores de segunda, mas esse diretor virou cult com os filmes de Drácula (1958) e adaptações de contos de Edgar Allan Poe, algumas obras primas de filmes de terror. Ele era capaz de produzir um filme em uma semana e fez dúzias deles. Alguns me deram insônia, guri que eu era.
Pois bem. Neste filme, que fez em cima do Parque dos Dinossauros, o diretor colocou boas doses de humor negro. Em uma cena em que os dinos escapam e ameaçam a população, um grupo de simplórios que creem em humanidade e bondade, essas coisas, se amarrou num tanque do Exército gritando aos T-Rex algo na linha não somos seus inimigos, somos seus amigos, não somos maus como o resto da humanidade.
Um desses bichos parou na frente do tanque onde se autoacorrentaram e fez aquele ar inteligente que só a ficção explica, inclusive com o cacoete de virar a cabeça para o lado como processando a informação. Quando os humanos abanaram de forma amistosa, o dinossauro comeu todos, um por um.
A vida é assim.