Lembranças de arte
Alguém mostrou no Face a foto de um tronco de árvore morta na avenida Independência e o assunto rendeu. Entrei nesse samba dizendo que eu passo diariamente pela Indepê, como diziam os colunistas sociais antigos, e achei que fosse a tal de Instalação, essas coisas de arte que se coloca em lugar visível e que o leigo acha ser descarte de algo inservível.
A conversa evoluiu para lembranças do teatro de revista dos anos 1960 a partir de um post do marchand Renato Rosa, que conhece mais quem-é-quem que conheço. Teatro de revista no capricho só no Rio e São Paulo, para cá vinha só a segunda linha. Em resumo, era um monte de mulheres de perna de fora ao som de uma música com letras de duplo sentido, tipo Tem Xique-Xique no Pixoxó ou algo parecido. Vi um no cine-teatro Ópera, na Rua da Praia.
No prédio colado, subia-se a escada em espiral mais traiçoeira que a humanidade conseguiu produzir, que terminava no bar Gauchinha, com o garçom Luiz e o dono Johann Passberg sentado num tamborete na entrada. Seu Johann também era dono do Restaurante João, na rua Arabutã, transversal à Farrapos, especialista em comida alemã, principalmente, pato. Nunca gostei. Eu seria um canibal.
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