Um erro ou um acerto?
Um amigo engenheiro conta que, dia 12, completou 50 anos de engenharia. No início da carreira, ele pensou em ser jogador de futebol. Esse tipo de “e se…” sempre me fascinou. Aquela coisa da pessoa certa estar no lugar certo, falando com a pessoa certa é o caminho da glória. Ou não. Quantos bilhões nunca tiveram essa chance, que nunca encontraram a pessoa certa, embora estivessem no lugar certo, ou pegaram a pessoa certa, mas no momento errado, quantos?
O “se” e suas derivações são fascinantes.O detalhe que gera uma reação em cadeia que pode levar ao triunfo ou ao fracasso completo. Sempre gostei muito de uma quadrinha medieval, escrita em em inglês arcaico, que se encaixa no caso:
“Por causa de uma ferradura perdeu-se o cavalo/Por causa de um cavalo perdeu-se o cavaleiro/Por causa do cavaleiro perdeu-se a batalha/E por causa da batalha perdeu-se a guerra/E tudo por causa de uma ferradura”.
E seu eu, nos idos de 1963, licença de Piloto Privado na mão, tivesse aceito o convite de um amigo que tinha uma empresa de táxi aéreo no Mato Grosso e que me ligou para me juntar com ele trazendo cargas pequenas do Paraguai para o Centro-Oeste brasileiro, onde e como eu estaria hoje?
Nunca saberei. Eu o reencontrei em 1978 em um Hotel Bradesco na cidade de Americanas, em São Paulo, podre de rico. Mas tem que ver o lado positivo da coisa toda.
Eu poderia estar morto.