Time poderoso

19 dez • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Time poderoso

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Especializada em operações cambiais financeiras para o mercado de middle market bancário brasileiro, a Abrão Filho Banking e Câmbio informou ter angariado e viabilizado junto às instituições financeiras bancárias – às quais é credenciada junto ao Banco Central do Brasil – uma quantia superior a R$ 1,7 bilhão. O que chama atenção na foto da diretoria não é apenas a juventude, mas o estilo descolado da rapaziada. Vai longe o tempo em que era obrigatório usar terno e gravata e ter pelo menos 50 anos de idade para ter um negócio de cachorro grande.

Da esquerda para a direita: Luan Almeida (CCO); Leonardo Abrão (CEO); Marcus Vinicius (CFO) e Eduardo Domingues (COO).

MORRO ACIMA

Segundo a empresa, o fato de a mesma ter implementado uma política de possuir mesa de câmbio própria, com 11 corretores internos, que foram agenciados no mercado, e as investidas internacionais de constituir dois escritórios de representação internacional, um nos EUA e outro em Portugal, fizeram com que o volume em moeda estrangeira transacionado escalasse substancialmente o diretor executivo, Leonardo Abrão. Ele não abriu os números da receita bruta, porém, informou que, pelo 2º ano seguido, a empresa escala seu faturamento em um patamar acima de 100%, se comparado com o mesmo período anterior.

ONTEM E HOJE

Nos tempos em que era bancário, anos início dos 1960, se um grupo de jovens como esse dissesse que negociou esse ervanário todo os gerentes e diretores dos bancos chamariam a Polícia. Não só pelo que eles chamavam de impossibilidade para se ter traquejo para operar um mercado complicado como esse, mas também por pura e simples inveja. Aliás, mesmo hoje eles devem sofrer essa condição.

LAVANDERIA PREMIADA

O MPF já negou o benefício da delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral, mas ele insiste – agora junto ao Supremo –  que sabe de muita linguiça debaixo do pirão. O MP acha que ele nada tem de novo. Segundo o jornalista Carlos Brickmann, do blog Chumbo Gordo, Cabral atingirá não apenas os que já foram atingidos pela Lava Jato: o que se comenta é que entregará juízes, ministros (até do Supremo), além de diretores de meios de comunicação.

Por isso mesmo, duvido que sai coelho desse mato. A ser verdade que ele tem mesmo esse material acusatório e não apenas de ouvir falar, chacoalharia o país mais que barman preparando um dry Martini no capricho.

INFORTÚNIOS DO OSNI

Mais uma do meu colega azarado de jornal, Osni Machado. Ele tirou dois saquinhos de leite da gôndola do supermercado, colocou um na cesta e, ao apanhar o outro, tomou um banho de leite, porque a embalagem estava furada. No ato de pegar o saquinho furado esguichou. Banho de vaca, mais essa.

ATIVISMO NATALINO

A esquerda, mormente o PT, nunca esteve tão ativa desde antes da eleição de Bolsonaro. Adota a estratégia morde-assopra. Enviam mensagens carinhosas, visitam as redações e se cercam de ingenuidade celestial, mas na hora do pau, é pau puro. Abraçaram ao vivo e a cores todos os protestos e lhes dão cunho ideológico embora o neguem. Bem, sempre foi assim.

No caso da greve dos professores, dos policiais civis e dos PMs da Brigada Militar, escolhem o campo do Judiciário para guerrear. Eles têm boas relações com alguns magistrados.

A INJUSTIÇA

Greve de servidores públicos é uma tremenda de uma injustiça para com o cidadão comum obediente às leis e pagador religioso dos impostos insonegáveis. Brigam governos e as categorias e quem apanha é ele. Sem colégio para os filhos, sem Brigada Militar, sem Polícia Civil, sem poder se deslocar por causa das diárias passeatas e bloqueio de ruas.

GRANDE CIDADE, VEREDAS

Na sua obra Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa escreveu que o sertanejo, antes de tudo, é um forte. Fosse hoje, certamente as veredas sejam urbanas.

PENSAMENTO DO DIAS

Miséria mesmo em vila é velório sem cachaça.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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