Sobre passarinhos e maconha…

19 jun • Caso do Dia, Notas1 comentário em Sobre passarinhos e maconha…

Finalmente o Brasil está salvo. Prenderam Fabricio Queiroz, confidente e factotum de um dos Manos Bolsonaro. Se ele cantar como passarinho depois de comer alpiste com sementes de maconha vai ser ouvido até em Picos, no Piauí. Mas se ele obedecer à omertá, a lei do silêncio siciliana, fica quase tudo igual. Como sempre digo, tudo é relativo.

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…PASSANDO PELO ALÍVIO

Dentro da relatividade das coisas, o Capitão tem dois quilos de estresse a menos.  Vão parar de perguntar “cadê o Queiroz?” e também viu-se livre do ministro Abraham Weintraub. Quer dizer, deu um empurrāozinho de saída no amigão. Ganharam os dois sob a ótica da relatividade. O Capitão por se livrar de alguém que só o colocou em fria, e o próprio Weintraub porque vão largar do seu pé.

BANCO QUE NÃO DÁ PAPAGAIO

 Parecem favas contadas que ele vai para a diretoria do Banco Mundial na vaga brasileira. O banco não dá papagaio para pessoa física, só para jurídicas, países. Portanto, o ex-ministro não sofrerá pressões de parentes e amigos pedindo empréstimo ou vaga para aquela sobrinha maravilhosa que tem até curso de digitaçāo. E nem precisará bater ponto.

EINSTEIN TINHA RAZÃO

Viram como a vida é maravilhosa? Uma hora você está no inferno e dias depois sentado numa poltrona de couro legítimo e macio, com uma solícita secretária à disposição. Só tem que ver o lado positivo. Até a Globo nāo vai falar dele. Muito longe, equipe internacional reduzida e verba pouca.

MATUTAÇŐES…

Sabemos que, de morte matada, o corona está livre. Vai continuar para sempre como o H1N1, mas perderá força até um dia virar uma gripezinha comum. Aí é a morte morrida. Sempre olhando o inferno com óculos cor de rosa, quanto mais a pandemia durar mais vai encher o saco. Chegará o tempo em que fará parte da paisagem.

…E INQUIETAÇŐES

O que essa multidão de jornalistas especialistas em vírus, gráficos e curvas vai fazer quanto isso acontecer? Ficar só no samba de uma nota só e carregando nas tintas do pessimismo já reduziu o número de assinantes, leitores e telespectadores, sem falar nos rádio-ouvintes. Vāo ter que reaprender, saber que existe outro mundo. Até repórter vai ter que reaprender a reportar. E colunistas, ai meu Deus, onde vamos parar?

MORAL DO CACHORRO

Se um cachorro correr latindo atrás de todo carro que passa, basta o motorista pisar no freio e parar. O cão ficará mudo e  estático. Se soubesse falar perguntaria “Qual é a tua, motora?”

A TERCEIRA ONDA

Os especialistas e consultorias de tudo, que hoje enviam artigos ensinando como conviver com a crise, vāo ter que se reeinventar pós-pandemia.  Posso até ver o resumo desse porvir em uma frase: “A pandemia acabou, e agora?”

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Sobre passarinhos e maconha…

  1. Jorge disse:

    Esse cara tem futuro

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