Pílulas de espanto

9 fev • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Pílulas de espanto

Peguei um Uber no Centro rumo ao meu prédio. O motorista passou alguns metros da portaria para estacionar. Na corrida seguinte, o aplicativo me informou que a anterior teria tarifa maior porque eu havia mudado  “o ponto do desembarque”.

E SE o motorista passar alguns pouco metros depois, posso sofrer penalidade por ter mudado o ponto de embarque?

PERO Vaz de  Caminha escreveu sobre a fertilidade do solo brasileiro dizendo ” aqui, em se plantando dá”. Hoje, é “em se logrando, dá”. Principalmente depois da Lei de Defesa do Consumidor. A trampa agora é legal.

CERTOS queijos e certos embutidos como salsichas são feitos com lecitina de soja. É tudo legal.

DICA de consumo: quando for comprar salsicha prefira a tipo Frankfurt. É a que não tem rejeitos da carne, há obrigatoriedade de carnes mais selecionadas.

AO EXIGIR que a população use máscaras profissionais, os governos de diversos países europeus afirmam temer uma terceira onda do coronavírus. Fica a impressão que não acreditam nas vacinas.

GALETOS NOSSOS DE CADA DIA

Com a alta do preço da carne bovina, os bufês e restaurantes de PF de Porto Alegre viraram uma galinheiro comestível. Todo santo dia tem frango, parmegiana de frango, frango frito, xadrez, à milanesa, alí na mesa, uma repetição enfadonha desse tipo de proteína. O que nos leva às galeterias. Como é sabido, entrar em uma é comer sempre o mesmo, galeto, massa, salada de maionese e polenta.  Mas que galeto é esse?

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Nos primórdios, os colonos italianos mataram tantos passarinhos para fazer passarinhada que quase dizimaram as aves. Confesso que nunca entendi essa mania de chupar osso no espeto. Aí pelo final dos anos 1950 início de 1961, surgiram o que hoje chamamos de galeterias. Com saudades da passarinhada, os gringos passaram a comer franguinho al primo canto, ou frango à passarinha. O coitado nem tinha desmamado, como brincava seu Pacheco lá do Guassu-Boi, no Alegrete.

Com o tempo e a redução no tempo entre o pinto e a galinha adulta – algumas eram solteironas e viravam galinhada, estes estabelecimentos substituíram os frangotes por frangos. No passado, a carne desta penosa era muito cara. Tanto que se dizia que pobre só comia galinha quando um dos dois estava doente.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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