Vassouras novas
A eleição de Donald Trump – a escolha do novo, como em vários países e até nas eleições municipais do Brasil – está cercada de paradoxos. Saltava aos olhos que o americano clássico WASP (White Anglo-Saxon Protestant), está desgostoso com o país em que vive.
Seguindo uma tendência mundial de volta ao conservadorismo, no sentido de valores originais. Ou quem vocês pensam que torcia pelo Brexit, por uma nova Inglaterra poderosa? A Rainha Elizabeth (nem entro no mérito, constato), Hillary Clinton estava tão mal na parada quanto a atual estrutura de comando do país, incluindo Dilma e Lula e os anos frouxos do PT. Em 2018, todos serão varridos não para debaixo do tapete, mas para fora da sala. E sem Bolsonaro.
O paradoxo maior é que político mente pra caramba, desde antes do ovo ou da galinha. Então, aparece um cara que diz o que pensa sem dourar a pílula ou botar mel no purgante, e todos se queixam da sua franqueza. De certa forma, 40 anos da ditadura do politicamente correto sofre um sério abalo estrutural. Ele avisou antes, não avisou?
A próxima revolução do “novo” vai ser na imprensa brasileira, incluindo TV e rádio. Não no sentido de novas tecnologias, mas no conteúdo e linguagem. Só nos alimentamos de governo. Estamos maduros para um novo O Pasquim, uma nova novela Beto Rockfeller. Para não esquecer da aldeia, até para uma nova Rádio Continental.