Os otários de Barnum

24 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Os otários de Barnum

No final do século XIX, um empresário circense norte-americano chamado P.T Barnum ficou famoso não só pelo seu fabuloso circo Barnum & Bailey Circus como também porque se envolveu em alguns golpes. Perguntado sobre quais eram seus “fregueses”, ele respondeu: “Bem, nasce um otário por minuto”.  Sempre lembro dele e de sua frase quando estoura alguma pirâmide financeira, como aconteceu recentemente. Transportado para o Brasil de hoje, é piada pronta. Fica livre o número se é um, 10, mil ou mais otários por minuto.

Imagem: Freepik

SONHO DE APLICADOR

Não por ter dinheiro sobrando, mas por curiosidade natural de repórter conheço razoavelmente bem o mercado de aplicações, seu leque de opções tanto para investidores de perfil conservador, meia boca ou agressivos. Tirando aplicações em bolsa, que é o caso dos agressivos, nenhuma aplicação em renda fixa dá mais que 0,5% livres de impostos e taxa administrativa, e mesmo assim para aplicações com prazo de mais de um ano. E aí vem os caras com promessas de 9% ao mês ou até absurdos 1,5%-2% AO DIA.

O BRASIL VISTO DE CIMA

Olhando o governo Bolsonaro de cima, usando um drone, até que o Capitão não pode se queixar da sorte, apesar da força que faz para ser campeão de tiro ao pé. A Reforma da Previdência foi aprovada com algumas alterações, a economia vai reagindo e o emprego também, embora de forma tímida apesar da sua propensão de estragar a festa como se fosse um elefante cego em uma loja de cristais.

FRIOS COMO GELO

O capital internacional não se move por paixões. Nem ambientais, nem ideológicas. O que ele quer é pousar em um país onde seja bem-vindo. O dinheiro é covarde, disse certa vez o empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Ele foge quando é mal recebido. Sobrevoando o Brasil, temos coisas boas e más. Entre as más, a falta de renda. O brasileiro é, no geral, um pobretão. Se pudesse, ele compraria tudo que estivesse à venda. Infelizmente, não somos um país de poupadores.

A INVERSÃO

A exceção foram os anos 1970, com o surgimento da Caderneta de Poupança. A palavra de ordem do governo era “poupe”, até porque a inflação corria solta. Ironicamente, a partir dos governos petistas a palavra de ordem era “gaste”.

OU VÃO, OU RACHAM

Se os Estados conseguirem o que o Governo Federal vem conseguindo, podem evitar a quebradeira. Se a máquina sofrer forte enxugamento, há uma boa chance de sobrevivência e a volta ao que dele se espera quando se paga os impostos. Vai dar Chile? Há forças poderosas em curso que preparam algo similar. Se vão conseguir ou não, ainda é uma incógnita.

PREFEITURA S.A

Publiquei na página 3 que edito, no Jornal do Comércio de Porto Alegre, um estudo do vereador Felipe Camozatto (Novo) que analisa o Legislativo e o Executivo da capital gaúcha. Desconsideradas empresas públicas, apenas 30 empresas brasileiras têm mais empregados do que a Prefeitura (27 mil), e apenas 60 têm faturamento igual ou maior que o Executivo porto-alegrense, R$ 6,5 bilhões (dados de 2018). As empresas públicas e de economia mista somam R$ 500 milhões de prejuízo.

O S.A. do título? Nós. Nós somos os acionistas. Democratizaram o prejuízo.

TUDO TÃO ESTRANHO…

Não que a iniciativa privada não tenha distorções. Uma entidade empresarial gaúcha comemorou o fato de fazer parte da lista das melhores “empresas” para se trabalhar. Sentiram o drama, “empresas”?

O BRASIL QUE DÁ CERTO

JORNAL DO COMÉRCIO

Considerado o prêmio mais tradicional do sul do país no segmento, o Top de Mkt ADVB/RS 2019 divulgou os nomes das empresas vencedoras da 37ª edição do projeto, divididas em 35 categorias. O Jornal do Comércio foi escolhido no segmento Comunicação, para minha/nossa alegria.

A cerimônia de entrega do Troféu Top de Mkt ADVB/RS 2019 acontece no dia 12 de novembro, a partir das 19h, na Casa NTX, (Avenida das Indústrias, 1395). Os convites para o jantar de premiação podem ser adquiridos através do site www.advb.com.br. Mais informações pelo telefone (51) 3290 – 6300.

IARGS

Convida: 13 de novembro/2019 – Ciclo de Palestras de Direito Tributário – “Criminalização da Dívida Tributária”- Dr. Francis Beck – Sala de Aula do IARGS 12h.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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