Nos tempos da brilhantina

16 set • A Vida como ela foiNenhum comentário em Nos tempos da brilhantina

Em outras décadas, homem nenhum saía de casa sem algum tipo de fixador de cabelo, até surgir a moda de cabelo despenteado de propósito. Hoje, continuam despenteados, mas com fixador. Como se estivessem debaixo de um helicóptero. E as lâminas de barbear devem ter perdido um bocado de mercado, porque hoje temos os barbudos e os semi-barbudos, moda antigamente conhecida como barba por fazer. Pegava mal, era coisa de desleixado. Hoje é fashion.

Os fixadores mais conhecidos eram Glostora, forma de óleo ou creme branco com perfume tudo junto misturado. Ficava um brilho só, mas para tirar aquele cheiro quase precisava de creolina. Nunca perguntei para as garotas se elas preferiam cabelo seco ou molhado desse jeito.

Nunca saberemos. A hora de perguntar coisas como essa já passou há muito tempo. E se eu achar alguma mulher que era garota naqueles verdes tempos, desconfio que ela vai me machucar.

– Pelo menos você tinha cabelos.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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