Miss itinerante
Já faz algum tempo que as candidatas a miss se profissionalizaram, concorrendo por várias cidades em anos diferentes. Vai longe o tempo em que o Miss Brasil vinha de uma só cidade e estado, para concorrer a Miss Universo, a suprema glória. Vide a gaúcha Ieda Maria Vargas.
Passaram-se décadas e os concursos começaram a ter regras elásticas ou nenhuma. Aí virou Miss Sculhamba. Lembro de uma gaúcha que concorreu por várias cidades e finalmente ganhou o cetro por cidade da Serra Gaúcha. Quando eu participava do Jornal Gente da Rádio Bandeirantes, entrevistamos a guria.
POUT POURRI URBANO
Era dever de ofício, porque era a Band que organizava o concurso. A certa altura, perguntei como era a vida na sua terrinha.
– Não sei, nunca foi lá. Eu sou de Canoas.
Me caíram os butiás do bolso. Restam poucos no meu estoque.
MISS CABIDE
Agora outra gaúcha ganha o Miss Brasil. Júlia Gama, 27 anos. Já morou na China, é poliglota e insistente – já concorreu em 2014 para Miss Mundo, mas não levou. E a escolha foi feita pelo YouTube, com juntamento de fotos e vídeos.
Que me perdoem as magras, mas quando vi a foto dela pensei que era modelo de uma campanha nutricional: “Se você nāo se alimentar direito, vai acabar assim”.
Historinha contada pelo coleguinha Flávio Dutra:
Flagrantes da vida real em tempo de pandemia:
Assalto na loja na zona Sul. Um dos bandidos encosta o revólver na testa do veterano, que, desavisado, pergunta:
-E aí, qual a temperatura que marcou?
(Tem testemunhas deste momento muito quente).
DEU NO JORNAL
Rio Grande do Sul chega a 3 mil mortos pelo coronavírus, mais que Portugal e menos que a Suécia.
Mais uma vez em números absolutos. É tipo torcer pelo vírus, olha só como ele é poderoso. E que comparação mais estapafúrdia. Poucos sabem onde a Suécia fica, quanto mais o número de habitantes. Pensei em outra comparação.
O Rio Grande do Sul tem 3 mil mortos pelo coronavírus, mais que Burkina Faso e menos que o Chade.