Logo novo

4 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Logo novo

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Com a proposta de transmitir ao eleitor a força de sua escolha nas urnas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o logotipo que vai compor as peças publicitárias da Justiça Eleitoral sobre as Eleições Municipais de 2020. Criada pela nbs, a mensagem principal da marca é #SeuVotoTemPoder, reforçando a importância da participação popular no processo eleitoral.

QUEREM SABER?

Não acho que o eleitor consiga tirar todas as conclusões que um logo encerra na visão dos criadores. Não acho a peça feia, ao contrário, mas cessa aí o aprofundamento de visualização/transmissão de recado. É como avaliação dos vinhos por sommeliers, que sentem notas que o mortal comum nem sabe imaginar. Retrogosto de baunilha, toque de pêssego e morango, essas coisas que só paladares e narizes celestiais podem detectar.

O PRINCÍPIO

Tenho essa convicção há muito tempo, desde minhas experiências em agências de propaganda. Um logo que represente o produto ou o serviço não é fácil de criar. Evidentemente, há percepções da pessoa comum, que captam o recado por trás da imagem, solidez da empresa, modernidade etc. Mas há um outro detalhe que, às vezes, passa desapercebido.

O MEIO

Quando vê muda a imagem de uma empresa, no sentido amplo, que mude a identidade visual como um todo, o consumidor espera que os serviços ou produtos também tenham mudado, e mudado para melhor. Caso isso não o corra, o cliente se frustra – pôxa, eu pensei que melhorou, mas está tudo na mesma. Por aí.

E O FIM

Todo governo trata primeiro de dar uma identidade própria para marcar a sua gestão e desvinculá-la da anterior. Se o presidente, governador ou prefeito não fizer um bom trabalho, a frustração do eleitor será dupla. Uma mania que os governos têm é mudar nomes de ministérios ou secretarias, extinguindo a nomenclatura anterior. Quase sempre é um desastre, ainda mais com essa mania de alternar maiúsculas com minúsculas ou grudando as palavras. Pensam que estão sofisticando e dando uma imagem modernosa.

A Prefeitura de Porto Alegre é um bom exemplo. Há pelo menos três gestões a população marcou bem na memória duas secretarias fundamentais, a SMIC (indústria, comércio e serviços) e a SMOV, que trata das obras públicas. Então a administração Marchezan Jr. mudou tudo, reinventando a roda, que ficou quadrada – são siglas tão complexas quanto o número de palavras que definem a que vieram. Até jornalistas se confundem. Quantos porto-alegrenses saberiam dizer o nome da pasta que sucedeu a SMIC ou a SMOV?

O BRASIL QUE FUNCIONA

ADVOGADA Delma Ibias será a palestrante do próximo Grupo de Estudos de Direito de Família do IARGS, no dia 5 de novembro, a partir das 12h, no quarto andar do instituto. O tema da palestra será “Mediação de conflitos na guarda e alienação parental”. A entrada é aberta. Mais informações: 3224-5788.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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