Gênios da logística

28 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Gênios da logística

Este cidadão que aparenta estar recolhendo lixo na avenida Salgado Filho – correndo risco de ser atropelado pelos ônibus – sabe muito bem o que faz. E faz bem. Como é sabido, os catadores de latas e garrafas pet precisam diminuir o volume para obter mais volumetria no carrinho, então tem que esmagar com o pé ou torcer com as mãos, uma mão-de-obra desgraçada. Pois este deu o pulo do gato.

Ele pega sacos cheios de latinhas e pet e assim que o coletivo estaciona no terminal o coloca na frente do rodado traseira do ônibus. Tão logo ele volte a trafegar, os pneus esmagam de uma só vez uma grande quantidade do material. Dá para dizer que esse cara da foto usou não só a cabeça como a lei da gravidade para facilitar a vida. Tiro meu chapéu para ele.

Como é verde meu vale

O chinês Jack Ma, um dos homens mais ricos do mundo, com fortuna calculada em US$ 39 bilhões graças ao site Ali Baba, foi confirmado ontem como membro do Partido Comunista Chinês. Estão vendo o que vocês perdem não sendo comunistas? Claro, teria que mudar para a China, um dos únicos países do mundo onde ainda se pode ficar rico, rico de verdade, quando não se calcula mais o ganho por mês e sim por ano.

Foi-se o martelo

Agora, é para ver como esse negócio de ser rico e comunista não é lá tão incomum. Boa parte dos históricos do Brasil nos anos 1950 pertencia a famílias endinheiradas ou que ficaram ricas pela profissão. Oscar Niemayer foi um deles, muito embora ele fosse avesso a acumular o vil metal. Vejam que não falo em bilionários, só em milionários. Pobre, no Partidão, só a turma do gargarejo ou egressos da plebe ignara, sindicalizados e sindicalistas. Em termos americanos, apenas ganham bem; em termos brasileiros, ganham muuuito bem.

Como era verde meu vale

Mas isso foi no passado. Apesar que hoje tem muito marxista de carteirinha que ganha os tubos por seu sucesso na profissão, especialmente nas profissões liberais. Liberais, sacaram? Bem, como se sabe, além deles há poucos ricos em partidos de esquerda, a não ser os filhos de pais ricos. O fato é o seguinte: não se fazem mais comunistas ricos como antigamente – no Brasil.

Incrível!

O Sindicato dos Jornalistas do RS conseguiu uma proeza no dissídio anual (é em junho) da categoria. Após exaustivas reuniões, foi feito um acordo que dá reajuste de 2%, para uma inflação esperada superior a 4%. O retroativo será pago em quatro vezes a partir de janeiro de 2019. Ufa!

Carrinho de Ouro

marcel4Ao receber o prêmio Carrinho de Ouro AGAS na categoria “Destaques AGAS Jovem”, o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul deu seu recado. Marcel van Hattem (NOVO) focou sua fala no negócio supermercado – o evento é promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados desde 1984. Marcel falou como conheceu supermercado na sua infância e o que viu na Venezuela, em 2015. Alguns trechos:

“Lembro-me que, quando criança, eu ia a pedido da minha mãe, que está aqui presente, com um chinelinho de dedos nos pés e junto com os meus irmãos ao supermercado Blauth ou ao Fink buscar os ingredientes para o almoço. Nesses supermercados, nós podíamos, em Dois Irmãos, optar pelas marcas preferidas, escolher as melhores verduras e entender a noção de escassez: o troco era para deixar no potinho das moedas, não para comprar balas ou salgadinhos. Se sobrasse um pouco mais do que moedas, era possível que aquele saldo se revertesse em uma humilde mas bem-vinda mesada. E aí, sim, nós gastávamos como queríamos”.

…carrinho vazio

E prossegue Marcel: ““Nos países socialistas o conceito de escassez sobrepõe-se a todos os demais. Estive em um supermercado na Venezuela bolivariana em dezembro de 2015. Eram 9h da manhã. Não vi papel higiênico nas prateleiras e perguntei a uma cliente onde estava o leite. “Leite?”, respondeu ela rindo. “Se você não chegou às 6h da manhã, perdeu a fila do leite.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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