Garantia de audiência
Há dois tipos de pessoas pelas quais se pode medir o fluxo de pedestres em determinada área: artistas de rua e camelôs. Esta cena mostra a Rua da Praia na manhã de ontem. Acho que, em cinco meses de pandemia, essa foi a primeira vez que vejo tanta gente no Centro de Porto Alegre.
O FUTURO, COMO NO PASSADO
Por enquanto, não vejo futuro como no passado no Centro Histórico da Capital gaúcha. Só dá camelô e ambulante que não ambula. Esqueçam turistas, falta pouco para virar QG do crime. A atual gestão tem muita culpa nisso. Deixou os informais tomarem conta nas barbas do gabinete do prefeito Marchezan Jr.
Com tal concorrência, o comércio formal foi mudando para outros bairros ou fechando, então adeus empregos formais. Isso é tão claro que chega a doer. O pior cego é aquele que não quer ver.
A classe média foi expulsa do Centro. A relho oficial.
POPULAR, O ETERNO
Se existe uma figura que atravessa o tempo em Porto Alegre é o famoso, porém incógnito Popular. Está em inaugurações, obras públicas, especialmente nas ruas, em eventos de toda ordem, até em enterros e casamentos, quando se posta na porta da igreja ou de cemitério, quando não perto do caixão, mesmo que o finado seja um ilustre desconhecido dele.
O Popular gosta mesmo é de ver obra em rua. Quase sempre ele e vários irmãos dão uma espiada no trabalho alheio. Basta abrir um buraco que eles chegam como formigas atraídas pelo mel. Aliás, é comum ver obra em rua com um só trabalhando e outros funcionários olhando.
Nos tempos dos comícios em campanhas eleitorais, pelo menos um terço da assistência era de Populares. O resto era composto da turna “Já ganhou!”. Mas aí já é exceção. Popular gosta de aparecer sozinho.
Acho que está na hora de erguer uma estátua em homenagem ao Popular Desconhecido, nos moldes da estátua do Soldado Desconhecido. No momento em que Popular tiver nome, deixa de sê- lo.
NOVIDADES DO BRDE
Nesta quinta-feira (27), às 15 horas, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) assinam contrato de linha de crédito no valor de US$ 70 milhões – cerca de R$ 392 milhões ao câmbio atual – em cerimônia virtual transmitida pelo canal do banco no YouTube. Esta é a primeira parceria estabelecida entre as duas instituições financeiras.
A nova linha de crédito contemplará investimentos em inovação, microcrédito, inclusão financeira, infraestrutura econômica e social, eficiência energética, energias renováveis e agronegócio, entre outras, com ênfase para micro, pequenas e médias empresas, produtores rurais, cooperativas e municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Vocês que sabem tudo, onde está Wally?