Diálogos possíveis
Dona Eva debruçou-se sobre a cerca que a separava da vizinha e bateu palmas. Assomou no jardim o vizinho Valdô, marido da dona Iracema.
– Oi vizinho, tudo na boa? E a Iracema?
– Saiu, foi no banco. Se atrapalhou com a senha e bloquearam a conta.
– Com o meu marido foi a mesma coisa. Tem tanta senha…
– Pior é que vem mais por aí. O tal de piques. Já me confundi com o aplicativo pra tirar a grana da mergência…
– Nem me fale. Levei tempo pra me acostumar com vates, o tuíte nem ligo. Já caí em golpe, Deus me livre dessas tequinologias.
– O pior é que escrevi todas as nossas senhas num papel. Agora não lembro onde guardei, vizinha.
– É fumeta, seu Valdô. Tudo para complicar a vida do pobre.
« . A volta do Zezinho »