Da Guarda Municipal à Guarda Noturna
A Guarda Municipal de Porto Alegre, a mais antiga do país, completa hoje 125 anos. A corporação data de 1892. Na foto, um dia de desfile com traje de gala. Ela inspirou a criação da Guarda Civil, da Polícia Civil, extinta nos anos 1960. Originalmente, foi criada para guardar os feitos municipais, atuação que hoje foi ampliada para ajudar a segurança pública. Dela nasceu a Guarda Civil, da Polícia Civil.
O policiamento ostensivo e de trânsito até 1965 eram feitos pelos guardas civis, cujo uniforme era bem parecido com o da municipal. Havia ainda um serviço independente, a Guarda Noturna, em que era preciso assinar o serviço, autenticada por um distintos na porta das residências. Varavam a madrugada apitando para alertar os lalaus e avisar os colegas. Quando as famílias viajavam, o dono avisava o GN, que redobrava a atenção para o imóvel. Que tempos esses, hein? Confiança total.
Voltando à Guarda Municipal: estes agentes tinham o apelido de “rato branco”. Uma bela música dos anos 1930, “Alto da Bronze”, de Paulo Coelho, cita o apelido (Alto da bronze/Cabeça quebrada/Praça querida/Sempre lembrada a praça onze da molecada/Praça sem banco/Do rato branco e do futebol). Refere-se à praça da rua Duque de Caxias. Morei em prédio ao lado quando solteiro. Foi um dos períodos mais felizes da minha vida.
Vale a pena escutar a música, que de lambuja mostra fotos antigas de Porto Alegre: https://www.youtube.com/watch?