Copa, que Copa?

15 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Copa, que Copa?

É  claro que não dá para afirmar que a Copa do Mundo perdeu o interesse de boa parte da população (51%, segundo o Datafolha, não dão a mínima para ela) só com base no jogo de ontem. Mas, em competições passadas, o povo curtia muito mais. Não só a nossa seleção, mas também os jogos de outras seleções.

Imagem: Freepik

Café no capricho

Fui ao Centro Histórico de Porto Alegre ontem e constatei que os clientes passavam quase que sem olhar para as imagens do jogo da Rússia com Arábia Saudita nos telões e TVs gigantes das cafeterias e restaurantes. Meu morredouro no Centro é uma das mais caprichadas cafeterias da cidade, o Café à Brasileira, na rua Uruguai. A proprietária, Ana Paula, é daquelas empreendedoras que está sempre fuçando para melhorar produtos e serviços. Fecha parênteses. E fiquei lá mais de uma hora observando o vai-e-vem. Poucos olhavam a partida de futebol.

Qual é a tua, Putin?

Achei engraçado uma cena de bastidores e a reação do Putin quando a Rússia marcou o terceiro gol – golo, como se fala em São Vendelino. Um figurão saudita sentado ao lado dele levantou e dirigiu-se ao rei da Rússia. Presumi que podia estar dizendo “Pôxa, mermão, manda tua turma baixar a bola!) Ato contínuo, Putin abriu os braços como a dizer “É da vida, companheiro, não posso fazer nada”.

Tiro meu chapéu

Para a empresa Mercur, de Santa Cruz do Sul, que completa 94 anos nesta semana. Ela oferece produtos escolares e para e saúde. No início, fabricava material escolar, como borrachas e outros. Mas há dez anos mudou profundamente sua gestão, acentuando o foco na sustentabilidade e relacionamento com empregados.

E tem mais…

…dos 691 funcionários da Mercur, 20% estão lá há 20 anos ou mais. Nas sextas de tarde, a empresa não opera, dando tempo ao seu pessoal para resolver compromissos particulares. E ainda diminuiu a diferença entre salários mais baixos e mais altos.

Umbigo deslocado

Tenho observado que empresas que são exemplares na inovação e especialmente na relação com seus colaboradores quase sempre são do interior do Rio Grande do Sul. Porto Alegre pensa que é o umbigo do mundo, mas não é. Atualmente, é a Capital do Ranço. Principal avenida é a “Não dá”.

O escritor iluminado…

Começa hoje na Rua Coberta a Feira do Livro de Gramado, que tem como Patrono o fotógrafo Leonid Streliaev. Ele pergunta e ele mesmo responde: “Como pode um retratista ser Patrono de uma feira do livro? Minha resposta: escrevo com a luz (do grego: photon (luz) + graphein (escrever).

…do tempo do onça

Eu e o Uda, como o chamávamos, formamos uma dupla na Zero Hora do final dos anos 1960, quando o jornal ainda era do Ary de Carvalho. Cobríamos a área policial. No início, durante a madrugada; depois, entre 19h e meia-noite, não raro muito tempo depois. Às vezes o russo (seu pai era russo) dava uma escapada para quebrar algum galho e me dava a máquina caso tivesse alguma emergência, como acidentes, homicídios etc. Matava-se e morria-se duas ou três vezes por semana. Acho que hoje é por hora. Então eu era repórter e fotógrafo com aquelas máquinas pesadonas e complicadas. Bons tempos.

Passarinho de muda

Quando até o Neguinho da Beija-Flor, 69, anuncia que vai se mudar para Portugal por causa da violência, é sinal que tudo escapa do controle. E ele pretende arranchar de vez em terras lusitanas porque sua mulher é neta de portugueses, então facilita tudo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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