Coitado do milionário
Certo sábado, estávamos eu e um grupo de jornalistas comendo uma feijoada no Hotel Laje de Pedra, em Canela, quando alguém alvitrou que o melhor dia da semana era a sexta-feira, pela perspectiva do final de semana e seus encantos. Todos foram unânimes na concordância, menos um que era milionário de nascença. Perguntei se ele não gostava das sextas. Com certa tristeza, explicou.
– É que não posso sentir nada numa sexta simplesmente porque nunca trabalhei. Os dias são iguais para mim. Então invejo vocês por terem esse privilégio.
Entreolhamo-nos e, miseravelmente, ficamos com pena do pobre milionário. Dinheiro compra tudo, menos a sensação das sextas-feiras.