Abertos e vazios

26 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Abertos e vazios

Não se pode pedir muito nestes tempos de fechadura parcial ou abertura em termos, como queiram. Os shoppings estão abertos, mas não estão. As exigências são severas, distanciamento, medição de temperatura entre outras. O que tenho sentido como repórter – repórter pergunta – é que uma barreira é a medição da temperatura.

Foto: João Mattos

OS RECALCITRANTES

É conhecido o temor do brasileiro em fazer exames e ir ao médico. A frase que mais se ouve dos recalcitrantes é “quem procura acha”.  Então eles não procuram. Tudo piorado pelo fato de estes centros de compra, lazer e gastronomia estarem com boa parte e até a maior parte das lojas fechadas. É um sentimento natural de fuga quando em outros tempos se gostava de gastar dinheiro nestes templos de consumo.

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O GOL QUE NÃO HOUVE

A seleção canarinho que pretende expulsar Bolsonaro do posto número 1 do país, até agora só chutou na trave. Dificilmente sai coelho  da Constituição. Afora ser pioneiro em falar palavrões na TV e vê-los publicados na imprensa, o que os transforma em não-palavrões, o presidente não abriu a janela do descuido constitucional. Todos sabem disso, menos os incautos de sempre. Ontem, a bolsa subiu e o dólar caiu porque Seu Mercado chegou à  conclusão que ainda não é hora da onça beber água.

SÍNDROME DO BUNKER

Apesar do quadro ligeiramente favorável ao Capitão, há que se considerar que a ofensiva da imprensa e instituições peso-pesado não vai parar. É como cusco latindo nos calcanhares, sem querer me referir a estas instituições, por favor. O que muda é o Capitão se irritar com isso e então partir para ataques escabelados. Deveria seguir a regra de ouro do silêncio quem precisa ser obsequioso. Basta ser silêncio. Mas é mais fácil a Terra parar de girar que Bolsonaro calar.

CRIANÇA! NÃO VERÁS…

ruy…País nenhum como este, já escreveu e deu fé nisso outro Olavo, o Bilac. Mal sabia ele que no futuro teria outro significado, bem menos jubiloso. Já a Águia de Haia, Ruy Barbosa de Oliveira, cunhou esta preciosidade:

“O povo não tem representante porque as maiorias partidárias reunidas nas duas casas do Congresso distribuem a seu bel-prazer as cadeiras de uma e de outra casa conforme os interesses das facções a que pertencem.”
Isso no século passado. Disse muito mais, inclusive citando outro poder, mas não o reproduzo porque não quero ser processado e ir em cana. E Ruy não está mais entre nós para me defender.

RESETADA A ECONOMIA…

…agora entramos na fase tenebrosa de contar os sobreviventes pessoa jurídica. Alguns já estavam na UTI e basta um empurrãozinho do malvado vírus até a chegada do amargo fim. Outros irão para casa, mas com as pernas fracas que exigirão muletas governamentais. Sabe-se-lá de onde vão tirar dinheiro. Vai ser um banquete de mendigos.

PROCESSOS

A OAB RS ingressou com pedido no TJRS para que o judiciário gaúcho retome a tramitação dos processos físicos. A queixa é geral.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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