A expulsão

27 fev • Caso do DiaNenhum comentário em A expulsão

 Há alguns códigos que regem a vida moderna aos quais nos acostumamos de tal forma que nem mesmo nos damos conta de que é um absurdo. Por exemplo, na Estação Rodoviária de Porto Alegre, os ônibus saem atrasados cinco minutos, e não é de hoje. Pontualmente, é verdade. Outro despautério é que a placa “volto logo” colocada em guichês é letra morta, pois o responsável nunca volta logo.

 Nos shows e outros espetáculos, os artistas se atrasam, às vezes, horas. Ou é parte do público que desrespeita os demais e chega depois de o espetáculo começar. Com isso, veio a cultura dos atrasos tanto dos artistas quanto do público.

 A conclusão é a seguinte: no Brasil, certinho não tem vez. Quem honra horários e comportamentos sociais é um pária e, não raro, tratado como tal. Como diz um velho provérbio adaptado a estes tempos, em terra de cego que tem um olho é expulso.

 Imagem: Freepik

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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