A estranha doença do cavalo
Plantão noturno no Hospital Veterinário da UFRGS, Porto Alegre. O médico-veterinário de plantão atende o telefone.
– Pois não!
Do outro lado, uma voz preocupada se mostra insegura.
– Vocês por acaso atendem de graça para animais com doenças estranhas?
– Não só estranhas, mas dependendo atendemos doenças comuns também. Qual é exatamente seu caso?
A voz mostra-se aliviada.
– Bom saber. É o seguinte, fico até com vergonha de explicar… Mas o meu cavalo está ficando verde!
O veterinário pega papel e caneta. Não é todo dia que se ouve isso.
– Como assim, verde?
– Verde mesmo, de verdade. E tem mais.
A sujeito fala bem baixo.
– E não é só isso. Como, no meu trabalho, passo montando nele, também estou ficando verde! Começou pelas pernas e está subindo…
O veterinário está perplexo.
– Nunca vi disso. O senhor pode chegar aqui com ele?
– Bem…não. Eu preferia que vocês viessem aqui. Estou com vergonha…
– Nesse caso, vou aí agora mesmo. Seu endereço e nome, por favor?
– Claro. É na Praça da Alfândega, no centro. Meu nome é marechal Deodoro da Fonseca.
O veterinário joga o telefone contra a parede. Trote depois de formado é dose.