A culpa é dos outros
“Quando se dissipa o patrimônio com loucuras, procura-se restaurá-lo com culpas.” A frase de Tácito, historiador romano (55-1292 D.C). É praticada até hoje. Inclusive para patrimônios políticos.
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Funcionário 42
O site Espaço Vital de Marco Antônio Birnfeld publicou uma deliciosa nota sobre a nomeação de um funcionário para exercer as funções de “coordenador da Coordenação-Geral de Registro Empresarial e Integração da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia”.
São 42 palavras que contêm a proeza de não conseguir explicar, afinal, o que o abençoado vai fazer, comenta o site. Eu ficaria preocupado com o cartão de visitas da distinção em tela. Para caber o nome da pasta o cartão teria que ser como foles de acordeão, abrindo aos poucos para permitir a leitura.
A nomenclatura de funções públicas só não são de rir porque são de chorar. Na Assembleia Legislativa gaúcha dos anos 1970, criaram um concurso para preencher vaga de “oficial de transporte vertical”, que vinha a ser o ascensorista. Imagina o cara quando alguém do bar da esquina perguntasse a ele qual era sua profissão. O lado ruim é se ele fosse perguntado se era oficial de quem, do Exército, Brigada Militar?
Post mortem
Estou convencido de que os caras que inventam esses nomes enormes de repartições públicas deveriam doar seus cérebros para a ciência quando morressem. Alguma coisa peculiar eles devem ter no miolo.