A cadeia alimentar
A maior besteira que a humanidade criou é que o homem está no topo da cadeia alimentar. Estou sentado na frente do computador e uma mosca bem criada fica fazendo acrobacias na minha frente e retaguarda. Quando ele pousa, surgem aqueles mosquitinhos de merda, bem pequeninos, que não sei de onde vieram. Tem ainda uma mosca de tamanho intermediário, um inferno.
Certa vez ouvi de um campeão de tiro que que a coisa mais difícil de fazer é pegar uma mosca voando com a mão. Acredito, porque mesmo com aqueles mata-moscas é tarefa inglória. O cara que senta do meu lado no JC é o campeão de golpes no ar com esse equipamento – até hoje só vi ele abater uma. Desconfio que fosse uma suicida.
Na minha frente, ao lado do teclado, vejo várias baratinhas que vocês chamam formiguinhas, uma Panzer Division miniaturizada mas não menos perigosa e blindada. Há ainda as baratas, que podem não ser blindadas mas são mais rápidas e destrutivas.
Quem é que está no topo da cadeia alimentar aqui?
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
