O medo do leão
Nos anos 1980, o deputado estadual Hugo Mardini, adepto do breve discurso contava essa (*).
“Nos tempos dos gladiadores em Roma, antes das contendas, promoviam espetáculos terríveis em que os cristãos eram jogados na arena para serem devorados pelos famintos leões. Em determinado dia, o cristão colocado ao centro, aguardou, sentado sobre os calcanhares à entrada do bichano. Este adentrou e foi cheirá-lo antes, mas ouviu breve recadinho ao pé do ouvido, proferido corajosamente pelo cristão.
Depois de ouvir o que ele murmurou, olhou-o firmemente, recuou erguendo a juba em direção à ruidosa plateia em volta, dando giro de 180 graus. Deu ainda forte urro e abandonou o cristão. De inopino, dirigiu-se rapidamente para o buraco de onde havia saído. Cabeça baixa e rabo entre as pernas.
O povo em volta reagiu e começou a aplaudir, pedindo clemencia e vida ao cristão. O Imperador Júlio Cesar, diante daquilo tudo, ouviu o clamor popular e concedeu a vida e liberdade ao cristão. Intrigado com o que tinha visto, perguntou ao cristão também ao pé do ouvido o que havia dito ao leão. Simples, disse o cristão:
– Apenas falei que depois do banquete, haveria discurso.
*Resgatado por Antônio C. Côrtes