• O dorminhoco

    Publicado por: • 19 out • Publicado em: Notas

     Osório Duque de Estrada, autor da letra do Hino Nacional, era um mordaz adivinho do futuro quando escreveu “deitado eternamente em berço esplêndido”. Não era do tipo “por que me ufano deste país”, ao contrário. Codeloco, como diz meu amigo Toninho.

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  • Aplicativo Banrisul

    Publicado por: • 19 out • Publicado em: Notas

     A rede de adquirência Banrisul Vero, da empresa Banrisul Cartões, oferece um novo aplicativo para smartphones e tablets, o Vero NFC-e, que permite ao estabelecimento comercial emitir notas fiscais eletrônicas de consumidor. O Vero NFC-e é de uso exclusivo para pessoa jurídica e está totalmente integrado com a solução de pagamento Vero Mobile. A nota fiscal é emitida assim que confirmado o pagamento com o cartão de débito ou crédito. Para pagamento em dinheiro, o aplicativo Vero NFC-e permite o comando da geração da nota fiscal eletrônica.

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  • Aglomerado de cacos

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: Caso do Dia

     A estratégia mais inteligente que boa parte dos movimentos grevistas encontra é um tiro no pé: a invasão de prédios públicos, como os professores estaduais em greve fizeram ontem, bloquear todos os acessos ao prédio. O contribuinte que se exploda. Aliás, já está explodido pelos altos impostos, explodido pela baixa qualidade dos serviços de contrapartida, explodido porque é o marisco que perde sempre, explodido porque não vive, sobrevive, explodido porque não tem representação nos Legislativos, explodido porque o saco estourou e ele não pode mais fazer nada a não ser sentar na beira da calçada e chorar.

     Que país é este? – perguntou nos anos 1970 o político Francelino Pereira, mas a frase já começa com um erro. Não somos um país. No máximo, um aglomerado de cacos.

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  • O PIB sexual (final)

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: A Vida como ela foi

     O dinheiro sempre chama dinheiro, e a Zona vai onde ele existe. Nos anos 1960, especialmente, cidades ricas tinham uma Zona de respeito. Para ficar em algumas cito Santa Cruz do Sul, por causa da indústria do tabaco, baco e executivos; Rio Grande, por ser porto – teve o famoso Mangache ou Mangacha; Passo Fundo; Uruguaiana, entre tantas outras, tinham a sua zona conhecida além-fronteiras. Curioso que nenhuma cidade da Serra, como Caxias do Sul, já muito rica na época, primava por ter boas casas do ramo. Sempre me disseram que isso se devia pelo pão-durismo dos gringos, mais afeitos a ganhar do que a gastar. Gringo é muito pão-duro, como se sabe. Nas cidades da Região Metropolitana, como Novo Hamburgo e cidades vizinhas, a Zona também nunca foi grandes coisas.

     Em compensação, o Vale dos Sinos massificou os motéis. Portão, Vila Scharlau e São Leopoldo sediavam os mais rebuscados. Havia um em Portão onde um quarto abrigava um elevador que não subia nem descia, para quem fantasiava fazer sexo em um. Imagina a mulher dentro do elevador olhando para o parceiro e falando “Sobe!”.

     Por que fora da cidade? Reduzia a chance de ser visto por conhecidos, amigos ou parentes. Longe o suficiente para diminuir o risco e perto o bastante para que não fosse longa viagem de ida e volta. Ida e Frida, como brincávamos com os nativos do Vale do Sapateiro.

     Houve casos em que marido e mulher tiveram a mesma ideia – separadamente – e acabaram se trombando. Uma das lendas é que um sujeito que foi a um motel viu que, na garagem do lado, estava o carro da sua mulher. Poupo os detalhes da bronca, mas, em resumo, o maridão soube pela mulher que havia emprestado o carro dela para a sogra. Mas que tal essa?

     Para terminar, uma curiosidade. Conheci muitos caras e também muito ouvi falar de conhecidos que se apaixonaram por mulheres da Zona. E sabem a maior? Na maior parte, foram casamentos felizes e duradouros.

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  • A verdade de um homem é, em primeiro lugar, aquilo que ele esconde.

    • Albert Camus •