• Amar a humanidade é fácil, difícil é amar os humanos.

    • Kalman Shulman •

  • O jacaré

    Publicado por: • 17 abr • Publicado em: A Vida como ela foi

    Jacaré tem 1001 utilidades, como se dizia do Bombril. Pode ser bolsa, sapato, em miniatura serve como marca de camisa, ou sinônimo de sujeira no gelo que se bota na bebida e até mesmo um instrumento publicitário poderoso. Foi o caso do empresário Jayr Boeira de Almeida, que foi dono de hospitais do chamado Grupo Conceição, depois estatizados.

    Vindo de Getúlio Vargas RS, nos anos 1950, ele comprou uma farmácia na avenida Eduardo, hoje Franklin Delano Roosevelt, no 4º Distrito de Porto Alegre. Ele achou que precisava de um diferencial para atrair fregueses da concorrência, então colocou uma placa avisando que ela abria dia e noite, bastava acionar a campainha ao lado da porta.

    O problema é que raramente o pedestre olha para os lados a não ser que exista algo que prenda sua atenção. Uma simples placa não era visualizada, mesmo que contivesse uma informação importante. Jahyr contava que ele passava as madrugadas acordado esperado em vão o trintrim da campainha. Pois foi numa dessas noites insones que ele teve a ideia do jacaré.

    A casa tinha uma ampla vitrine, herdada de alguma loja anterior, então o farmacêutico recuou o vidro e rente à calçada colocou outro, deixando um bom espaço que encheu de água, lembrando um aquário grande. E bem na altura dos olhos dos passantes recolocou a placa avisando do atendimento dia e noite. Na “piscina” colocou um jacaré. Vivo.

    Não houve quem não parasse para admirá-lo e não tinha como não ler os dizeres da placa.

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  • As canetas

    Publicado por: • 17 abr • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Uma caneta é uma caneta é uma caneta, parafraseando Gertrude Stein com uma rosa é uma rosa é uma rosa. A caneta do ministro Alexandre Moraes desalojou uma reportagem em que seu colega Dias Tóffoli era citado. Essa foi a primeira caneta da série. O jurista achava que ficaria por isso mesmo. Só que não.

    Imagem: Freepik

    A segunda caneta repercutiu como se fosse uma assinatura sonora, da qual dava para ouvir a expressão “censura” de má memória. Pensávamos que a tinta já tinha secado sem reposição de carga. Às vezes, elas voltam, como no filme sobre zumbis. Parece ser o caso.

    A terceira caneta foi um bumerangue, aquele objeto de arremesso com origem em vários povos antigos mas mais famoso na Austrália, que em mãos hábeis volta ao dono caso não atinja seu objetivo. Eventualmente, ele volta e atinge em quem a arremessou. Foi exatamente isso que aconteceu com Alexandre Moraes e, por extensão com o próprio Supremo. É a versão australiana do tiro no pé. E que tiro.

    Epílogo

    O que ficaria circunscrito aos leitores das publicações atingidas e uma que outra notícia de rodapé – a informação em si já circulava desde o início das delações premiadas – foi revitalizada e catapultada para o mundo inteiro.

    Às favas

    Lembrei de outra caneta, a do então Ministro da Justiça Jarbas Passarinho ao assinar o Ato Institucional nº 5, o famoso AI-5 de 13 de dezembro de 1968, quando as coisas começaram a realmente ficar sérias neste país. Passarinho hesitou antes de pespegar seu jamegão no papel já assinado pelas autoridades presentes, mas em seguida falou uma frase que saltou para a história:

    – Às favas os escrúpulos!

    E assinou.

    Tribunal Didático

    Tribunal Didático-BBC Fotografias (153) - editada

    Já está em funcionamento o Tribunal Didático, novo espaço de aprendizagem para acadêmicos da FMP – Faculdade do Ministério Público. Também está à disposição para os órgãos jurídicos do Estado realizarem audiências.

    Na foto, da esquerda para a direita: o Diretor da Faculdade de Direito, Fábio Roque Sbardellotto, e o presidente da FMP, David Medina.

    O bazar

    O Sindilojas Porto Alegre fala que o setor bazar tem boas perspectivas de venda nesta Páscoa. Bazar! Há quantos anos não ouço falar nele. Quando as cidades ainda eram habitáveis, antes do surgimento dos Mad Max tropicalizados, havia bazares por todo o lado. Na minha lembrança, eram lojas que vendiam objetos de decoração, acho que cama e mesa também. Lembro do Bazar Central na avenida Farrapos de Porto Alegre, famosa pela amplitude de itens disponíveis. Para mim, era o ponto em que eu descia do ônibus que vinha de São Vendelino para ir na casa da tia Sílvia.

    É algo proustiano. Todo mundo com mais de 40 anos já teve um bazar na sua vida. Eu tive vários porque havia um a cada quadra. Mas é um ramo do comércio que mudou de nome, e por isso me surpreendi com a volta da palavra.

    O cabo do sax

    sax na assembleia foto Rafael Mello do Gabinete Deputado Zucco

    Foto: Rafael Mello/Gabinete Deputado Zucco

    Antes do Grande Expediente alusivo ao aniversário do Exército, na sessão de ontem da Assembleia Legislativa gaúcha, o cabo Ricardo de Lima Ramires foi recebido no gabinete do deputado Tenente-Coronel Zucco, proponente da solenidade, para dar uma canja. Empunhando seu saxofone tocou músicas românticas do grupo Dire Straits a Frank Sinatra e parou o 12º andar da Assembleia Legislativa, que ouviu a sessão musical.

    Crianças

    Não esqueça: na sua declaração de Imposto de Renda destine 3% para o Funcriança. A declaração está mais fácil este ano para quem quiser ajudar o futuro do Brasil.

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  • Socialistas não entendem absolutamente nada de economia. Se entendessem, não seriam socialistas.

    • Friedrich Hayek •

  • Nossas roupas comuns dependuradas

    Publicado por: • 16 abr • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Os ursos e o Brasil têm uma coisa em comum: eles hibernam. A diferença é que os ursos dormem durante o inverno, e o Brasil hiberna em todas as semanas antes de um feriadão nacional. Enquanto eles despertam com todos os sentidos aguçados, o Brasil só retoma à normalidade aos poucos, normalmente, dois dias depois do feriado.

    Imagem: Freepik 

    Boa pergunta

    E não é que o jornalista Júlio Ribeiro acertou na mosca? A revista da qual é Publisher (vá lá…) aborda o assunto, que sempre me deixou a impressão que a capa da Press destaca.

    press jj

    Bons serviços

    Foto: Tiago Francisco/Sistema Farsul

    Foto: Tiago Francisco/Sistema Farsul

    O Senar-RS é hoje referência em capacitação profissional rural, e promoção de atividades ligadas à área social dos produtores rurais, alegra-se o novo superintendente do SENAR RS, Eduardo Condorelli (foto). Em 2018, mais de 120 mil produtores e trabalhadores rurais fizeram cursos pela instituição que conta hoje com 13 programas de qualificação e mais de 170 treinamentos profissionalizantes. Mais informações no site www.senar-rs.com.br.

    O fogo que queimou a história

    O fogo na Catedral de Notre Dame consumiu 500 toneladas de madeira e 250 toneladas de chumbo. O ponto de fusão deste metal pesado é muito baixo em relação a outros metais, 327,4 graus Celsius. Imaginem os vapores que atingiram a atmosfera de Paris.

    As emanações deste metal se desprendem bem antes, por isso que antes do advento do offset e técnicas modernas de impressão, os linotipistas em geral e dos jornais em particular deviam beber um litro de leite diariamente, único antídoto para uma doença chamada saturnismo, intoxicação cumulativa causada por este metal que, em miúdos, entope tudo no corpo.

    Palavra de especialista

    O Hospital Moinhos de Vento recebe hoje o diretor médico da afiliação à Johns Hopkins Medicine International, Brian Matlaga, para uma aula de “Atualização em Endourologia”. Brian Richard Matlaga é professor de Urologia na Escola de Medicina da Johns Hopkins University.

    Sem ciência, sem progresso, sem futuro

    Esse é o título do artigo de Maurício Antônio Lopes, pesquisador da Embrapa. Tudo a ver com a nossa indescritível falta de interesse pela ciência e pesquisa. É como atar uma bola de bolão no calcanhar de um atleta que vai disputar 100 metros com barreiras. Trecho:

    Há 30 anos, o astrônomo Carl Sagan já nos advertia sobre os riscos da ignorância científica, alertando que “vivemos em uma sociedade absolutamente dependente do conhecimento, na qual quase ninguém entende o que é ciência e tecnologia, o que é uma receita clara para o desastre”.

    Se estivesse vivo, Carl Sagan estaria certamente desapontado por não termos feito muito progresso na superação do perigo que antecipou. O movimento contra a vacinação – uma das maiores conquistas da saúde pública no século 20 – é o melhor exemplo da desinformação que ganha força nas redes sociais, trazendo de volta riscos considerados já superados e comprometendo a credibilidade da ciência, em momento em que a sociedade se mostra cada vez mais dependente de conhecimento.

    Investimento

    Já destinou parte de seu IR Devido (3%) ao Funcriança?

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